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Panamá e Chile não reconhecem resultados das presidenciais venezuelanas

21 de maio de 2018 às 07:50

Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela para o período 2019-2025.

O Panamá e o Chile anunciaram que não reconhecem os resultados das eleições presidenciais antecipadas de domingo na Venezuela, nas quais Nicolás Maduro foi reeleito presidente para o período 2019-2025.

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Foto: Getty Images
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"O Governo da República do Panamá não reconhece os resultados das eleições celebradas este domingo, 20 de Maio, na República Bolivariana da Venezuela, por considerar o processo como não democrático nem participativo", de acordo com um comunicado publicado no 'site' do Ministério de Relações Exteriores panamiano, no domingo à noite.

Também a Presidência do Chile afirmou, em comunicado, que "não reconhece a validade do processo eleitoral, que carece de toda a legitimidade e não cumpre nenhum dos requisitos mínimos e necessários para ser uma eleição democrática e transparente, em conformidade com os padrões internacionais".

O Chile apela "ao Governo da Venezuela para convocar um processo eleitoral verdadeiramente livre, como única via para recuperar o Estado de Direito na Venezuela".

"Para tal devem ser respeitadas as garantias necessárias de um processo democrático, livre, equitativo e transparente, com a presença de observadores internacionais, a participação de todos os actores e sectores políticos, o acesso igualitário aos meios de comunicação, a libertação dos presos políticos e a participação de todos os venezuelanos que tiveram que abandonar o seu país", adiantou.

No comunicado, o Chile "condena profundamente as acções que perpetrou a ditadura instaurada por Nicolás Maduro, que não respeita as liberdades mais elementais dos seus cidadãos e tem desencadeado uma tragédia política, económica, social e humanitária".

"O Chile insta o Governo venezuelano a respeitar as suas obrigações sob a Carta Democrática Interamericana", sublinhou o documento no qual o governo chileno "expressa a sua solidariedade com o povo venezuelano e reitera a sua vontade e compromisso para dar assistência e protecção aos venezuelanos que deixaram o seu país, assim como apoio aos que permanecem nele".

O Chile "reitera energeticamente o pedido para o estabelecimento de mecanismos para o acesso a ajuda humanitária que permitam atender esta grave situação e evitar que mais venezuelanos continuem a morrer à fome ou por falta de medicamentos. O Chile confia nas capacidades do povo venezuelano para superar as dificuldades e adversidades enormes que o próprio Governo lhes tem imposto", afirmou.

Em conclusão, pode ler-se no documento que o Chile "lamenta profundamente que a Venezuela, um país que durante 40 anos foi livre e próspero, tenha actualmente aprofundado a ruptura da ordem democrática e constitucional".

"A Venezuela não é uma democracia: não há liberdade de expressão, não há separação de poderes, não há o devido processo, não há respeito pelos direitos humanos e há centenas de presos políticos", concluiu.

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