Pai e filho Bush apelam à rejeição de racismo e anti-semitismo
George H. W. Bush e George Bush reagiram aos ataques de Charlottesville, condenando o racismo, antissemitismo e ódio
George H.W. Bush e George W. Bush, dois ex-presidentes norte-americanos, ambos do Partido Republicano, apelaram esta quarta-feira para que os habitantes dos EUA "rejeitem o racismo, o anti-semitismo e o ódio sob todas as suas formas", na sequência da violência de Charlottesville.
O breve comunicado dos dois ex-presidentes surge menos de 24 horas depois da onda de indignação desencadeada pelo actual Presidente, Donald Trump, que equiparou os grupos de supremacistas brancos aos manifestantes anti-racistas. No passado sábado, um dos manifestantes de extrema-direita atropelou os contra-manifestantes, tendo resultado esse ataque na morte de uma mulher.
O Presidente Trump afirmou na terça-feira, durante uma conferência de imprensa, que a responsabilidade pela violência ocorrida na cidade universitária da Virgínia deveria ser procurada "dos dois lados", tanto da extrema-direita como dos que protestam contra esta ideologia.
"Enquanto as nossas orações vão para Charlottesville, recordamos as verdades fundamentais consagradas na Declaração de Independência pelo mais eminente dos cidadãos dessa cidade (Thomas Jefferson): «Os homens nascem iguais; Eles são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis», escreveram pai e filho nesta declaração conjunta.
Statement by former Presidents @GeorgeHWBush and George W. Bush. pic.twitter.com/ssNQKmeYNm
— Jim McGrath (@jgm41) 16 de agosto de 2017
"Nós sabemos que estas verdades são eternas, porque somos as testemunhas da decência e da grandeza do nosso país", concluíram.
Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos, reagiu no domingo à tragédia de Charlottesville numtweet em que citava o grande resistente aoapartheidsul-africano Nelson Mandela. Otweet tornou-se este domingo o mais popular da história da rede social Twitter, com 3,4 milhões delikes.
Os dois outros presidentes norte-americanos vivos, Jimmy Carter e Bill Clinton, não reagiram até agora publicamente aos acontecimentos que chocaram parte dos Estados Unidos.
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