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Netanyahu saúda decisão da Guatemala sobre Jerusalém

25 de dezembro de 2017 às 16:23

"Outros países reconhecerão Jerusalém e irão anunciar a transferência de sua embaixada", assumiu primeiro-ministro israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou hoje a decisão da Guatemala de transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, como os Estados Unidos, e anteviu que outros países seguirão o exemplo.

"Outros países reconhecerão Jerusalém [como capital de Israel] e irão anunciar a transferência de sua embaixada. Um segundo país fez isso e, repito, haverá outros, é apenas um começo e é importante", disse o chefe do Governo israelita, num comunicado.

O Presidente da Guatemala, Jimmy Morales, anunciou no domingo que o país vai transferir a embaixada que tem em Telavive para Jerusalém.

A Guatemala é o primeiro país a declarar a transferência da sua representação diplomática para Jerusalém desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu a cidade como capital de Israel, no dia 6 de Dezembro, e deu instruções para a mudança da embaixada norte-americana.

Esta decisão também ocorre dias depois de 128 países-membros da Assembleia-geral da ONU terem aprovado uma resolução contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.

A Guatemala foi um dos nove Estados-membros que votaram contra a resolução. Estados Unidos, Israel, Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e as ilhas Marshall foram os outros países que rejeitaram a resolução votada a 21 de Dezembro.

Outros 35 países optaram pela abstenção. Entre estes constaram o Canadá, o México, a Argentina, mas também Estados-membros da União Europeia (UE), como foi o caso da Polónia, Hungria e da República Checa.

A resolução, sem carácter vinculativo, foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).

A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.

Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.

Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.

Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.

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