Navio que encalhou no jardim de um noruguês foi retirado do local

"Acabámos de voltar a pô-lo na água" e está em curso uma inspeção subaquática, disse o diretor administrativo da empresa Boa Offshore, Ole T. Bjørnevik.

A televisão norueguesa transmitiu imagens do navio de carga a abandonar lentamente a costa onde tinha encalhado, numa operação que durou apenas cerca de 30 minutos.

Os contentores - alguns dos quais foram removidos para aliviar o peso do navio (cerca de 1.300 toneladas), de acordo com a televisão pública norueguesa NRK - ainda estão a bordo e serão descarregados esta noite, acrescentou a autoridade.

Na manhã de quinta-feira passada, o navio 'NCL Salten' encalhou no jardim do norueguês Johan Helberg, a poucos metros da sua casa em Byneset, perto de Trondheim, no centro da Noruega.

"Foi bom conhecê-lo, mas agora é tempo de dizer adeus", brincou Helberg.

O incidente terá sido causado por um marinheiro ucraniano que estava de vigia no momento e adormeceu, segundo disse à polícia norueguesa, que o acusou de "navegação negligente".

O marinheiro acrescentou ainda que nenhum dos alarmes de proteção na ponte do navio de carga funcionou, relatou o procurador distrital de Trøndelag, Kjetil Bruland Sørensen.

A investigação vai agora tentar determinar se as regras relativas aos horários de trabalho e descanso foram respeitadas a bordo do navio, referiu a polícia.

Johan Helberg, que estava a dormir profundamente quando o navio galgou o seu jardim, não acordou com o incidente, tendo apenas sido despertado pelas pancadas na porta e gritos de pânico do seu vizinho.

"A campainha tocou a uma hora do dia em que não gosto de abrir a porta", explicou Helberg em declarações ao canal norueguês TV2.

O vizinho, Jostein Jørgensen, contou, por sua vez, que foi acordado por volta das 05h00 da manhã de quinta-feira pelo som de um barco a ir "a toda a velocidade em direção a terra" e, mais concretamente, em direção à casa de Johan Helberg.

Nenhum dos 16 tripulantes ficou ferido.

A empresa de transportes NCL avançou, na altura, que tinha tomado conhecimento pela polícia de que havia um suspeito de ter provocado o acidente e garantiu que estava a colaborar com a investigação.

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