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Militares garantem que o ex-presidente da Guiné está bem

Lusa 27 de novembro de 2025 às 18:16

Grupo anunciou também o fim do recolher obrigatório a partir desta sexta-feira.

Os militares que realizaram um golpe de Estado na Guiné-Bissau garantiram esta quinta-feira que o ex-presidente se encontra bem, mas sob custódia, e anunciaram o fim do recolher obrigatório a partir desta sexta-feira.
Militares da Guiné garantem bem-estar do ex-presidente e fim do recolher obrigatório TGB Guinea-Bissau via AP
Num comunicado de imprensa do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública garante-se que "se encontram sãos, porém, sob custódia deste comando", o ex-Presidente Umaro Sissoco Embalo, o ex-ministro do Interior e da Ordem Pública Botche Candé, bem como o ex-vice e ex-Chefe do Estado-Maior general das Forças Armadas, respetivamente o tenente-general Mamadu Turé e o general Biagué Na N'Tan. Por outro lado, "depois da análise da situação em curso, [o comando militar] decide comunicar o levantamento das medidas de restrição de circulação e recolher obrigatório anteriormente impostas a partir de amanhã [sexta-feira]". Na mesma nota também "se ordena a imediata abertura e retoma do funcionamento normal de escolas e centros de formação públicos e privados, mercados, centros comerciais e todas as instituições privadas, enquanto as restantes instituições públicas, ministérios, sobretudo, aguardam pela breve instituição do Governo de Transição". O Presidente de Transição da Guiné-Bissau, hoje empossado após um golpe de Estado militar, nomeou o major-general Tomás Djassi Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, naquele que foi o primeiro decreto presidencial. O general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro. Os militares anunciaram a destituição do Presidente, Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório. As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa. Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais. *** A delegação da agência Lusa na Guiné-Bissau está suspensa desde agosto após a expulsão pelo Governo dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses. A cobertura está a ser assegurada à distância ***
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