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Militares dos EUA poderão não receber o seu salário pela primeira vez na história

Lusa 11 de outubro de 2025 às 15:32

Embora o principal obstáculo nas negociações, que tem sido motivo de críticas entre os dois partidos, tenha sido os subsídios do programa de saúde "Obamacare", que expiram este ano, nos últimos dias um assunto tem-se destacado: os salários dos militares.

A paralisação do governo federal dos EUA, que completa hoje onze dias, causou os primeiros despedimentos de funcionários federais ordenados pela Casa Branca além de ameaçar o pagamento dos militares pela primeira vez na história.
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Na próxima segunda-feira é feriado no país, pelo que o Senado só voltará a reunir-se na terça-feira, dia 14, quando a proposta republicana será votada pela oitava vez. Embora o principal obstáculo nas negociações, que tem sido motivo de críticas entre os dois partidos, tenha sido os subsídios do programa de saúde "Obamacare", que expiram este ano, nos últimos dias um assunto tem-se destacado: os salários dos militares. Na próxima semana, mais de 1,3 milhões de membros das Forças Armadas dos Estados Unidos deveriam receber o seu salário, o que está agora sob ameaça pelo encerramento do governo federal. Se não chegarem a um acordo antes de quarta-feira, os militares não receberão os seus salários a tempo pela primeira vez na história. Como já tinha sido anunciado, a administração de Donald Trump ordenou na sexta-feira as primeiras demissões sob o pretexto do encerramento parcial do governo. "Os RIFs (reduções forçadas de pessoal) começaram", escreveu o diretor do Gabinete de Administração e Orçamento, Russell Vought, numa mensagem na rede social X. Os despedimentos respondem ao desejo de Trump de eliminar os postos de trabalho que não se enquadram nas prioridades e reduzir os gastos públicos. Noutras paralisações, os trabalhadores foram colocados em suspensão e, quando o governo reabriu, recuperaram os seus postos de trabalho. Na Sala Oval, na sexta-feira, Trump disse que o seu governo está a eliminar cargos e "pessoas que os democratas querem" e que as reduções de pessoal são "direcionadas aos democratas" e serão "muitas", porque, na sua opinião, a culpa é do partido da oposição. Embora ainda não tenham sido demitidos, o encerramento do governo federal está a fazer com que milhares de trabalhadores não compareçam nos seus locais de trabalho por falta de fundos, causando escassez especialmente em alguns setores. Um dos que está a ser mais afetado é o do tráfego aéreo. A falta de controladores está a causar atrasos nos principais aeroportos do país, como Boston, Chicago ou Las Vegas. Os funcionários dos aeroportos são considerados essenciais, por isso devem comparecer ao trabalho mesmo que não estejam a receber os seus salários. Mesmo assim, nos últimos dias, foram registados números mais elevados de baixas por motivos pessoais ou doença. Esta situação também está a afetar as passagens fronteiriças entre Ciudad Juárez (México) e El Paso (EUA), devido à redução do número de agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) destacados para os postos de fronteira. Longas filas de veículos estão a afetar trabalhadores, turistas e o transporte de mercadorias entre os dois países. Os principais museus de Washington fecharão as suas portas ao público este domingo.
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