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Milhares saem à rua na Eslováquia contra medidas e austeridade e políticas pró-russas

Débora Calheiros Lourenço 16 de setembro de 2025 às 20:04

Robert Fico foi o único chefe de Estado de um país da União Europeia a marcar presença no desfile militar organizado por Xi Jinping para celebrar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

Milhares de manifestantes reuniram-se esta terça-feira em 16 cidades da Eslováquia num protesto contra as políticas económicas e pró-russas impostas pelo primeiro-ministro populista Robert Fico.  
Protesto contra o governo na Eslováquia com cartazes e bandeiras Martin Baumann/TASR via AP
A mais recente onda de protestos foi alimentada pela viagem do líder eslovaco à China, onde se encontrou com Vladimir Putin, pela terceira vez desde a invasão russa à Ucrânia e ficou ainda mais intensa depois da recente aprovação de um pacote de austeridade. Robert Fico foi o único chefe de Estado de um país da União Europeia a marcar presença no desfile militar organizado por Xi Jinping para celebrar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.   O governo tem defendido que as medidas são necessárias para reduzir o déficit orçamental, que chegou a 5,3% do PIB, que no ano passado foi o segundo maior entre os países da Zona Euro. É esperado que o déficit deste ano se mantenha acima dos 5%, o que supera bastante o limite de 3% exigido pela União Europeia.   Entre as medidas apresentadas encontram-se aumentos nos seguros de saúde e sociais, aumento dos impostos para quem recebe mais e o aumento dos impostos sob alguns produtos alimentares, além de uma possível redução do número de feriados nacionais.   Os sindicatos e vários grupos de direitos humanos têm defendido que as pessoas que já passam mais necessidades vão ser as mais afetadas, enquanto as empresas criticam a falta de medidas para impulsionar a economia. Alguns dos líderes sindicais sugeriram que fosse organizada uma greve geral contra o governo.   Robert Fico é uma figura política polémica na Eslováquia há vários anos. O líder do partido de esquerda Smer regressou ao poder em outubro de 2023 – depois de ter sido anteriormente primeiro-ministro entre 2006 e 2010 e 2012 e 2018 – depois de uma campanha que ficou marcada por demonstrações pró-russas e anti-americana. Tem sido também uma das vozes mais vocais contra as políticas da União Europeia em relação à Ucrânia.  
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