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May disposta a ser líder difícil e Corbyn promete escutar

30 de maio de 2017 às 00:05

May justificou a decisão de convocar eleições legislativas antecipadas no Reino Unido porque "o resto dos partidos queria minar o governo"

Theresa May e Jeremy Corbyn estiveram frente-a-frente esta segunda-feira, num debate televisivo dedicado às eleições legislativas antecipadas. A actual primeira-ministra britânica afirmou estar "disposta a ser uma mulher difícil" para atingir os objectivos do seu futuro governo, enquanto o rival trabalhista prometeu ser um primeiro-ministro que escuta.

Os dois políticos britânicos, cujo futuro se decide a 8 de Junho, responderam a várias perguntas de uma audiência e, posteriormente, foram entrevistados por um jornalista.

Quando questionada por um espectador se o rótulo de "mulher difícil" (ideia que teve origem num seu correligionário) podia prejudicar os conservadores, a primeira-ministra britânica disse que será uma líder difícil se isso implicar um bom acordo com a União Europeia sobre o Brexit ou em outras questões nacionais.

May justificou a decisão de convocar eleições legislativas antecipadas no Reino Unido porque "o resto dos partidos queria minar o governo" e assegurou que, apesar de ter defendido a permanência na UE, vai trabalhar para que o 'Brexit' seja um sucesso.

Apesar desta intenção, a política conservadora reiterou que prefere deixar as negociações do 'Brexit' "sem acordo" que aceitar "um mau acordo".

Por seu lado, o líder trabalhista quando questionado sobre a sua capacidade de liderar o governo do Reino Unido afirmou que será um primeiro-ministro que "vai escutar as pessoas".

"Nunca se deve ser arrogante e poderoso ao ponto de deixar de ouvir as outras pessoas e de aprender com elas", disse Jeremy Corbyn.

Sobre o Brexit, Corbyn explicou que aceita "o resultado do referendo" de 23 de Junho de 2016, no qual 52% dos britânicos votaram para sair da UE, mas indicou que, se chegar ao governo, vai negociar com Bruxelas "o acesso ao comércio sem tarifas nos mercados europeus".

Corbyn recusou-se a determinar um valor limite para a imigração - diferente de May, que pretende reduzir esse valor para um número inferior a 100.000 pessoas - e insistiu que a imigração é boa para a economia britânica.

As últimas sondagens dão aos 'tories' (nome por que são conhecidos os conservadores) uma vantagem de cinco a 11 pontos percentuais, números menos expressivos do que os 25 pontos percentuais que detinha Theresa May quando convocou as eleições antecipadas, a 18 de Abril deste ano. 

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