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Mais de duas dezenas de mortos em protestos na Nicarágua

22 de abril de 2018 às 08:35

Entre os mortos durante os protestos contra a reforma da segurança social do Governo de Daniel Ortega está um jornalista.

Mais de duas de dezenas de pessoas, entre as quais um jornalista, morreram durante os protestos na Nicarágua contra a reforma da segurança social do Governo de Daniel Ortega, noticiou este domingo a Associated Press (AP).

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Foto: Getty Images
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Num vídeo nocturno, relata a AP, é possível ver o jornalista Angel Gahona, vestido de 'jeans' e camisa azul, com um telemóvel na mão a fazer uma reportagem em directo via Facebook sobre os protestos que assolam a Nicarágua.

Segundos depois, ouve-se um tiro e Gahona cai morto no chão.

Além de Gahona, pelo menos 25 outras pessoas foram mortas desde quarta-feira durante os protestos, de acordo com um grupo de direitos humanos da Nicarágua.

Entretanto, no sábado o Presidente nicaraguense, Daniel Ortega, rompeu o silêncio que tinha mantido desde o início das manifestações para assegurar que o seu Governo está aberto ao diálogo sobre a reforma.

"O Governo está totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz, pela estabilidade, pelo trabalho, para que o nosso país não enfrente o terror que estamos a viver neste momento", afirmou na televisão nacional, sem avançar uma data para o início do diálogo.

Afirmou ainda que as manifestações foram apoiadas por grupos políticos que se opõe ao seu Executivo e financiados por organizações extremistas dos Estados Unidos, sem adiantar ou identificar os movimentos.

O seu objectivo, prosseguiu Daniel Ortega, é "semear o terror, semear a insegurança", "destruir a imagem da Nicarágua" depois de "onze anos de paz".

Após o seu discurso, centenas de jovens envolveram-se novamente em confrontos violentos com a polícia na capital.

Ortega não aparecia em público desde que os protestos, que fizeram cerca de 11 mortos segundo o Governo, tiveram início.

Uma centena de pessoas ficaram feridas durante as manifestações, as mais violentas depois da chegada ao poder de Daniel Ortega, há 11 anos.

Os protestos endureceram na sexta-feira, o terceiro dia de manifestação, com confrontos com a polícia e danos em edifícios governamentais em Manágua e outras cidades em todo o país.

Quatro canais de televisão independentes foram impedidos pelo Executivo, na quinta-feira, de fazer a cobertura das manifestações.

As manifestações tiveram início na passada quarta-feira, na capital do país, Manágua, e em León, alargando-se a outras zonas do país.

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