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Júri do julgamento sobre morte de George Floyd inicia deliberação

Diogo Camilo 20 de abril de 2021 às 07:59

Júri do julgamento sobre a morte de George Floyd começou esta segunda-feira a deliberação. O agente de polícia Derek Chauvin está acusado de três crimes: homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência.

Começou esta segunda-feira a última fase do julgamento do antigo polícia Derek Chauvin, acusado da morte de George Floyd, em maio do ano passado, no estado de Minnesota, nos EUA. O ex-agente pode ser condenado a um máximo de 40 anos de prisão se for considerado culpado da acusação mais grave, de homicídio em segundo grau.

George Floyd - Derek Chauvin Reuters

Nos últimos apelos, a defesa de Chauvin tentou convencer os jurados que Chauvin comportou-se como um "bom polícia" faria, e que este apenas seguiu a sua experiência de 19 anos na polícia. 

Mas o procurador-geral de Minnesota, Steve Schleicher, repetia a frase: "Nove minutos e 29 segundos" - o tempo em que Chauvin foi capturado em vídeo com o seu joelho em cima da cabeça de George Floyd a 25 de maio do ano passado. O norte-americano viria a morrer por asfixia.

As deliberações dos jurados voltam esta terça-feira, depois de terem ficado quatro horas retidos num hotel, mas antes disso Schleicher alertou que este é o julgamento de um homem, e não do sistema.

"Isto não foi policiamento, foi homicídio. O lema da polícia de Minneapolis é 'proteger com coragem e servir com compaixão'. O agente Chauvin não fez nada disso. Encarar George Floyd não exigiu nenhuma coragem. Naquele dia, tudo o que era necessário era alguma compaixão - e não se viu nenhuma."

Para que Chauvin seja dado como culpado em tribunal, a acusação terá de provar que o ex-polícia levou a cabo uma agressão intencional contra a vítima, resultando na morte da mesma. Neste caso, a pena poderá ir de 10 a 15 anos de cadeia. Se a equipa de acusação não conseguir provar a culpa do arguido, o mais provável será uma acusação de homicídio em terceiro grau.

Chauvin, um agente de polícia branco, ajoelhou-se sobre Floyd, um cidadão afro-americano de 46 anos, à porta de uma loja de conveniência onde estava a ser acusado de comprar cigarros com uma nota de 20 dólares falsa.

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