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Juntos na Casa Branca: Trudeau não dará "lições" a Trump

13 de fevereiro de 2017 às 22:39

O primeiro-ministro canadiano reuniu-se com o presidente norte-americano, no primeiro frente a frente desde que Trump se tornou líder da Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu esta segunda-feira o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. O chefe de governo dos "vizinhos do Norte" tem uma postura totalmente contrária à de Trump em relação às políticas de emigração, mas a diplomacia "venceu" o primeiro encontro entre ambos.  

"Somos mais fortes quando estamos unidos", salientou Donald Trump, ao lado de Trudeau, na Casa Branca. Nas declarações aos jornalistas, o presidente dos EUA também defendeu o comércio "recíproco", bem como a construção de pontes através da fronteira. "Os EUA são muito afortunados por terem um vizinho como o Canadá", afirmou o chefe de Estado norte-americano.

Justin Trudeau afirmou, por seu lado, que o Canadá e os EUA (que juntamente com o México assinaram o Acordo de Livre Comércio da América do Norte) vão "ser sempre parceiros essenciais um para o outro". "O encontro de hoje serviu para reforçar a importância dessa parceria para os canadianos e norte-americanos", sublinhou o primeiro-ministro canadiano.

Na conferência de imprensa, Donald Trump assegurou que as suas ordens sobre a migração têm como objectivo "evitar muitos males". O chefe de Estado explicou também que a detenção de imigrantes sem documentos no país visa acabar "capturar criminosos com antecedentes de abusos e problemas" e justificou a ordem de suspensão do programa de acolhimento de refugiados com a necessidade de "não deixar entrar o mal".

Em relação ao assunto, o primeiro-ministro canadiano disse que não dará "lições" ao chefe de estado norte-americano sobre acolhimento e segurança, mas que o Canadá vai manter o seu espírito de "abertura para os refugiados". O Canadá vai "continuar com a sua política de abertura a imigrantes e refugiados, sem comprometer a segurança", disse.

Avisos a Pyongyang

À margem do encontro, Trump prometeu uma resposta forte à Coreia do Norte, depois de aquele país ter testado um novo míssil balístico."Nós temos problemas que muitas pessoas não fazem ideia da sua gravidade. Obviamente, a Coreia do Norte é um grande problema. E nós vamos lidar com ele de uma forma muito determinada", disse.

A Coreia do Norte anunciou o lançamento de um míssil balístico no domingo, um teste visto como um desafio ao presidente norte-americano. A Coreia do Norte está proibida, por resoluções da ONU, de realizar lançamentos de mísseis balísticos ou testes de armas nucleares. No entanto, no ano passado, o país realizou dois testes nucleares e numerosos lançamentos de mísseis numa tentativa de desenvolver um sistema de armas nucleares capaz de atingir solo norte-americano.

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