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Israel lança ataque contra o Hezbollah em bairro perto de Beirute

Ana Bela Ferreira 30 de julho de 2024 às 18:21

Este é mais um passo no escalar das tensões entre Israel e o grupo armado libanês. É a resposta ao ataque nos Montes Golã que matou 12 crianças e jovens.

Israel levou a cabo um ataque no sul de Beirute com o objetivo de atingir um comandante sénior do Hezbollah. O alerta foi dado por uma fonte de segurança libanesa e confirmada mais tarde por Israel que indicou que o ataque estava concluído. À Reuters, duas fontes de segurança confirmaram que o chefe do Hezbollah sobreviveu.

As forças militares de Israel indicaram que o ataque foi uma resposta à morte de 12 crianças e jovens num ataque nos Montes Golã, que aconteceu no sábado. "As IDF [Forças de Defesa de Israel] levaram a cabo um ataque em Beirute, visando o comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams e a morte de outros numerosos civis israelitas", referem os militares em comunicado. "Não foram emitidas mais instruções para a defesa civil israelita depois desta retaliação. A força aérea israelita classificou este ataque como o atingir de um posto de observação e uma "infraestrutura de terror".

Antes do ataque, já esta terça-feira, as equipas médicas israelitas deram conta de um civil morto num kibbutz no norte de Israel, alegadamente por foguetes lançados a partir do sul do Líbano. Pouco antes da explosão no sul de Beirute, as forças militares israelitas anunciaram que 15 projéteis tinham sido disparados a partir da fronteira libanesa nas últimas horas, com impacto na região da Alta Galileia, mas sem fazer feridos.

Uma forte explosão foi ouvida, ao anoitecer nos subúrbios da capital libanesa, um dos redutos do grupo armado Hezbollah. A agência de notícias estatal apontou para um ataque no bairro de Haret Hreik, onde se localiza o centro de decisão do grupo libanês. A televisão estatal do Líbano fala numa mulher morta e e sete feridos.

Beirute tem estado em alerta depois de Telavive ter prometido responder ao ataque na zona dos Montes Golã, atribuído ao Hezbollah e que matou dezenas de jovens que treinavam num campo de futebol. O grupo armado libanês negou qualquer envolvimento neste ataque.

Já depois da explosão na capital do Líbano ter sido noticiada, o departamento de estado norte-americano garantiu que os EUA se mantém empenhados em prosseguir a via diplomática para evitar o escalar do conflito entre as duas partes. "Continuamos a trabalhar com vista a uma resolução diplomática que permitirá aos civis israelitas e libaneses regressar às suas casas e vidas em paz e segurança. Certamente que queremos evitar qualquer tipo de escalar", referiu o porta-voz adjunto do departamento de estado, Vendant Patel, numa conferência de imprensa.

O Hezbollah e Israel, que tiveram o último grande conflito em 2006, tem trocado fogo desde o ataque do Hamas no sul de Israel a 7 de outubro de 2023. O Hezbollah tem atingido Israel no que refere ser um ato de solidariedade com os palestinianos de Gaza, sob ataque israelita há quase 10 meses.

As trocas de fogo têm-se limitado sobretudo à região da fronteira entre os dois territórios, sem que nenhum pareça interessado numa confrontação mais alargada.

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