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Israel avisa flotilha de que não deixará nenhum navio entrar numa "zona de combate"

Lusa 22 de setembro de 2025 às 19:08

Cerca de 300 voluntários de 44 países fazem parte do esforço para levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano.

Israel avisou hoje a Flotilha Global Sumud que não permitirá que nenhum navio entre numa "zona de combate ativa" nem tão pouco a "violação de um bloqueio naval legal".
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"Se o desejo genuíno dos participantes da flotilha é entregar ajuda humanitária, Israel apela a que os navios, em vez de servirem o Hamas, atraquem no porto de Ascalon e descarreguem a ajuda aí, de onde será transferida rapidamente e de forma coordenada para a Faixa de Gaza", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado. O Governo israelita exortou os membros da iniciativa humanitária, que alegou também ser "apoiada pelo grupo jihadista Hamas", a "não violarem a lei" e a aceitarem a proposta de Israel de "transferir pacificamente" qualquer ajuda a Gaza para território israelita. A flotilha denunciou no domingo a presença de "múltiplos drones" nas proximidades dos seus navios que navegam em águas internacionais em direção à Faixa de Gaza. Cerca de 300 voluntários de 44 países fazem parte do esforço para levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano. A iniciativa é composta por ativistas, políticos, jornalistas e médicos, incluindo portugueses, e é considerada a maior flotilha organizada até à data, procurando levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano e denunciar o cerco israelita à Faixa de Gaza. A bordo da flotilha seguem a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício. A flotilha, na qual também participa a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, zarpou na semana passada da Tunísia, após vários adiamentos devido à segurança, à preparação dos barcos e às condições meteorológicas. Os navios pretendem chegar a Gaza para entregar ajuda humanitária e "quebrar o bloqueio israelita", depois de duas tentativas terem sido bloqueadas por Israel em junho e julho. Em agosto, as Nações Unidas declararam o estado de fome em parte da Faixa de Gaza, palco de uma guerra desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 65 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
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