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Ex-ministro da Defesa sul-coreano detido por rebelião tentou suicídio

Lusa 11 de dezembro de 2024 às 10:34

O comissário-geral do Serviço Correcional da Coreia, Shin Yong–hae, disse aos deputados que Kim tentou matar-se num centro de detenção em Seul, pouco antes de ser formalmente detido.

O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Yong–hyun tentou cometer suicídio, mas falhou e encontra-se em estado estável, disseram esta quarta-feira as autoridades de Seul.

O comissário-geral do Serviço Correcional da Coreia, Shin Yong–hae, disse aos deputados que Kim tentou matar-se num centro de detenção em Seul, pouco antes de ser formalmente detido.

Após a tentativa falhada de suicídio, Kim foi colocado numa cela especial e não corre perigo de vida, acrescentou Shin.

Os procuradores interrogaram Kim três vezes desde da detenção inicial, no domingo, depois de ter comparecido voluntariamente para responder na investigação.

O Tribunal Distrital Central de Seul tinha aprovado na quarta-feira um mandado de captura contra Kim, acusado de rebelião e abuso de poder.

A lei marcial, a primeira em mais de 40 anos, durou cerca de seis horas, mas desencadeou uma crise política e grandes protestos populares. 

O presidente sul-coreano, Yoon Suk–Yeol, e aliados são estão alvo de investigações criminais e tentativas de destituição. 

O Ministério da Justiça proibiu Yoon e oito pessoas de saírem do país, uma vez que as autoridades os consideram suspeitos no caso da lei marcial, sendo a primeira vez que um presidente em exercício na Coreia do Sul é alvo de uma proibição de viajar.

Embora o presidente tenha imunidade contra processos judiciais enquanto estiver em funções, tal não se estende a alegações de rebelião ou traição.

O ex-ministro da Defesa foi a primeira pessoa a ser detida no âmbito deste processo, tendo sido acusado de ter recomendado a lei marcial a Yoon e de ter enviado tropas para a Assembleia Nacional para impedir os deputados de a votarem. 

Na terça-feira, Kim renunciou a uma audiência no tribunal, sobre a emissão do mandado, dizendo, através do advogado, que pedia desculpa por ter causado grande ansiedade e incómodo ao povo.

Durante um interrogatório, Kim terá admitido que propôs a lei marcial a Yoon, mas afirmou não ser uma ação ilegal nem inconstitucional.

Os procuradores têm até 20 dias para decidir se acusam Kim ou não. A condenação por rebelião implica uma pena máxima de morte.

REUTERS/Leah Millis/File Photo
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