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Dinamarca recorda vítimas um ano depois dos atentados em Copenhaga

14 de fevereiro de 2016 às 15:53

Sob forte vigilância, a Dinamarca recorda hoje as vítimas dos atentados perpetrados há um ano em Copenhaga por um dinamarquês radicalizado que matou um cineasta e um judeu antes de ter sido abatido pela polícia

Sob forte vigilância, a Dinamarca recorda hoje as vítimas dos atentados perpetrados há um ano em Copenhaga por um jovem dinamarquês radicalizado, que matou um cineasta e um judeu antes de ter sido abatido pela polícia.

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, depositou hoje de manhã uma coroa de flores junto dos locais que foram os alvos dos ataques: um centro cultural e uma sinagoga.


"Os dinamarqueses têm mostrado que querem viver uma vida pacífica. É talvez a mensagem mais importante que podemos enviar no dia de hoje. Não vamos ceder, nem renunciar", afirmou o chefe do Governo dinamarquês, em declarações aos jornalistas, em frente ao centro cultural.

"Estamos numa situação em que ainda existe uma séria ameaça contra a Dinamarca. Isso não mudou. Mas nós também agimos. (...) Equipámos os nossos serviços de informações e a nossa polícia", reforçou.

O primeiro-ministro dinamarquês seguiu depois para um evento organizado pela associação Finn Nørgaard, entidade baptizada com o nome do realizador assassinado nos ataques que fornece apoio a jovens imigrantes.

"Com esta associação, queremos garantir que esta situação insana que nos privou de Finn Nørgaard não volta a acontecer", afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, o fundador da organização, Jesper Lynghus.

"Copenhaga é hoje uma cidade diferente em comparação com há um ano", disse ainda Lynghus.

Para hoje à noite está prevista uma vigília nos dois locais dos ataques. Sob uma forte vigilância policial, o centro cultural e a sinagoga vão ficar ligados por uma corrente composta por 1.800 velas.

A 14 de Fevereiro de 2015, Omar El-Hussein, um dinamarquês de origem palestiniana de 22 anos, abriu fogo com uma arma automática num centro cultural, onde várias personalidades participavam num debate subordinado ao tema "Arte, blasfémia e liberdade".

Entre as personalidades que participavam no debate estavam o embaixador de França na capital dinamarquesa François Zimeray e o cartoonista sueco Lars Vilks, alvo dos islamitas desde que publicou em 2007 caricaturas do profeta Maomé no diário conservador dinamarquês Jyllands-Posten.

No ataque morreu o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, de 55 anos, e três polícias ficaram feridos.

O atacante conseguiu fugir e, nessa mesma noite, atirou contra um homem judeu de 37 anos, Dan Uzan, que estava em frente a uma sinagoga. Também feriu dois agentes da polícia.

Omar El-Hussein seria abatido horas mais tarde durante uma troca de tiros com a polícia num bairro popular da capital dinamarquesa, Nørrebro.

Após um ano dos ataques, a investigação deste caso prossegue.

Foi divulgado entretanto que Omar El-Hussein tinha prometido fidelidade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) através da rede socialFacebook.

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