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Davos: Cultura deve ser central nas políticas de desenvolvimento

22 de janeiro de 2018 às 22:43

Os ministros da Cultura da Europa, no âmbito do Fórum Mundial Económico, sublinharam a importância da Cultura no desenvolvimento económico e social dos Estados.

Os ministros da Cultura da Europa, reunidos hoje em Davos, na Suíça, no âmbito do Fórum Mundial Económico, sublinharam a importância da Cultura no desenvolvimento económico e social dos Estados, que deve ser central nas políticas de desenvolvimento.

"A cultura permite e impulsiona a sustentabilidade económica, social e ambiental, molda nossas identidades e define nossos legados", lê-se na declaração assinada pelos ministros da Cultura e chefes de delegação dos Estados signatários da Convenção Cultural Europeia e dos Estados observadores do Conselho da Europa.

Esta declaração foi também assinada pelos representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO), do Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauro de Bens Culturais (ICCROM), do Conselho da Europa, da Comissão Europeia, do Conselho de Arquitectos de Europa, do Conselho Europeu de Urbanistas, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e da organização não-governamental Europa Nostra.

Na declaração defendem os responsáveis que a cultura deve estar "no centro das políticas de desenvolvimento", devendo ser valorizado o seu contributo "para a busca do bem comum".

"Não pode haver um desenvolvimento democrático, pacífico e sustentável se a cultura não for central", atestam.

Na declaração lê-se também que "existe uma necessidade urgente de uma abordagem holística, centrada na cultura que construa um ambiente e uma visão humanista da forma como constituímos colectivamente os lugares em que vivemos e o legado que queremos deixar".

A declaração argumenta que "as políticas devem enfatizar a necessidade de abordagens sustentáveis centradas na cultura para o desenvolvimento em todos os lugares e a todos os níveis".

"O valor das paisagens e do património natural na Europa, que são insubstituíveis, deve ser realçado, não só nas cidades e áreas urbanas, como nas zonas periféricas e rurais e na sua interligação", lê-se no texto de Davos.

O ministro da Cultura, de Portugal, Luís Filipe Castro Mendes, realçou, na sua intervenção, "a importância da arquitectura e da paisagem na qualidade de vida e do bem-estar social e na preservação dos valiosos recursos naturais, culturais e humanos".

Castro Mendes, entre outras medidas, referiu o interesse em "promover uma arquitectura e um urbanismo ecológicos e eficazes na utilização dos recursos naturais, em particular da água e da energia".

Castro Mendes defendeu também que se estimule a preservação, salvaguarda e valorização do património arquitectónico, arqueológico e paisagístico, assim como "a sensibilização para o valor cultural das paisagens e da arquitectura, e o encorajar dos cidadãos e das diferentes organizações, e dos interesses socioeconómicos, no processo de conservação e valorização do património cultural".

O ministro português defendeu também a "adopção de metodologias e processos de gestão integrada do património arquitectónico, urbano e paisagístico, assim como de práticas de reabilitação e conservação e de rentabilidade económica que respeitem a História e a memória".

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