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Covid-19: WWF preocupada com aumento de plástico no mar com máscaras e luvas

03 de junho de 2020 às 14:24

Organização apela para a responsabilidade dos cidadãos para porem as luvas e máscaras de proteção nos contentores do lixo com nova campanha.

Os equipamentos de proteção de plástico usados contra a covid-19 estão a criar um "tsunami" de resíduos que vai a caminho do oceano, avisou hoje a associação ambientalista WWF, que lançou uma campanha em Espanha pedindo civismo.

Com a campanha "Apanha a Luva", lançada hoje, a organização apela para a responsabilidade dos cidadãos para porem as luvas e máscaras de proteção nos contentores do lixo para proteger a saúde e evitar que os rios e mares do planeta fiquem ainda mais poluídos e pede um plano urgente de gestão dos resíduos provocados pela pandemia.

A organização recolheu imagens de máscaras e luvas espalhadas por vários lugares, podendo contaminar pessoas e chegar ao mar quando arrastadas para os rios, como já se verificou no Mediterrâneo e outros mares do mundo, segundo a organização.

Cada máscara cirúrgica, que pesa cerca de quatro gramas, pode demorar 400 anos a degradar-se, o que apresenta um problema "muito preocupante" com o seu uso generalizado.

A WWF teme que o levantamento das medidas de restrição de movimentos e confinamento de populações, sobretudo no verão, faça aumentar a poluição nas praias, com a qual sofrerão tartarugas, medusas e outros animais que confundem as luvas e máscaras com alimentos.

Anualmente, estima-se que todos os anos cerca de 100.000 animais marinhos morram presos, asfixiados ou envenenados com resíduos plásticos.

Avisa ainda que a poluição por plástico nos mares pode atingir um ponto crítico se não se tomarem medidas eficazes e apela para que não se recue "nem um passo" nos compromissos adotados para eliminar os plásticos descartáveis em 2021 em Espanha.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.447 pessoas das 33.261 confirmadas como infetadas, e há 20.079 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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