Secções
Entrar

Covid-19. Detidos 50 manifestantes antivacinas no parlamento da Nova Zelândia

Lusa 10 de fevereiro de 2022 às 08:37

Movimento exigia o levantamento das restrições impostas durante a pandemia. Detidos enfrentam acusações de invasão e obstrução.

A polícia da Nova Zelândia deteve hoje mais de 50 manifestantes contra a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19, no terceiro dia de protestos junto do parlamento, em Wellington, inspirado pelo movimento dos camionistas canadianos.

Protesto antivacinas na Nova Zelândia Reuters

Os detidos "enfrentam acusações de invasão e obstrução, e serão libertados sob fiança para depois comparecerem no tribunal", de acordo com um comunicado publicado na página da Internet da polícia neozelandesa.

Mais de uma centena de agentes policiais estão destacados para proteger o parlamento em resposta ao "Convoy 2022 NZ", movimento que mobilizou centenas de pessoas de todo o país para protestar em Wellington contra a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19, exigindo o levantamento das restrições impostas durante a pandemia.

A polícia da Nova Zelândia alertou os manifestantes, muitos dos quais acampados ilegalmente junto do parlamento, que correm o risco de serem também detidos se não saírem do local.

As autoridades de Wellington começaram, entretanto, a multar veículos estacionados naquela área, bem como nas proximidades de um monumento em memória das vítimas da Primeira Guerra Mundial.

Alguns manifestantes têm respondido com insultos, danças 'haka' [cântico tradicional do povo maori] e com objetos lançados contra agentes policiais, noticiou a rádio pública da Nova Zelândia, RNZ.

Na quarta-feira, no segundo dia de protestos, os manifestantes tentaram forçar a entrada no átrio do parlamento, protegido por centenas de agentes policiais, levando à detenção de três pessoas.

A Nova Zelândia acumulou cerca de 18.800 infeções, incluindo quase 3.300 casos ativos e apenas 53 mortes desde o início da pandemia da covid-19.

De acordo com dados oficiais, 94% da população do país recebeu a vacinação completa da covid-19, enquanto 92% da população com mais de 18 anos terá uma dose de reforço até ao final do mês.

O Governo de Jacinda Ardern, que implementou uma das políticas mais duras de confinamento e encerramento das fronteiras devido à covid-19, anunciou em 03 de fevereiro que vai começar a reabrir as fronteiras internacionais a partir do final deste mês.

A covid-19 provocou pelo menos 5.761.646 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela