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Corrupção no PSOE obriga Sánchez a pedir desculpa

Diogo Barreto 12 de junho de 2025 às 18:10

O primeiro-ministro espanhol lamentou o caso de corrupção que envolveu um dos seus homens de confiança, mas diz que não vai convocar eleições antecipadas.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reconheceu haver haver "indícios muito graves" de corrupção que envolvem a terceira figura do  Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), mas rejeitou a possibilidade de antecipar eleições e que exista uma crise no Govenro. Em causa está o relatório da investigação policial segundo o qual o secretário de Organização do partido, Santos Cerdán, negociou comissões de pelo menos 520 mil euros, pagas por empresas de construção, na adjudicação de obras públicas.

pedro sánchez Diego Radamés, Europa Press via AP

Pedro Sánchez pediu "desculpa e perdão" a todos os espanhóis e, especialmente, aos militantes e simpatizantes do PSOE e anunciou uma "auditoria externa" às contas do partido, apesar dos "relatórios positivos" do Tribunal de Contas sobre a organização e informou ainda que o partido vai fazer uma reestruturação interna da sua direção.

"Até hoje de manhã estava convencido da integridade de Santos Cerdán", disse o líder do PSOE, que reconheceu ter trabalhado de forma muito próxima com o secretário de Organização do partido (a terceira figura interna dos socialistas). Cerdán afirmou estar inocente, mas já se demitiu da direção do partido, bem como o seu lugar de deputado. 

Sánchez disse que este caso afeta a direção do PSOE, mas não o Governo espanhol e garantiu que não há uma "crise no governo", "em absoluto". O primeiro-ministro rejeitou, como já fez no final da semana passada, antecipar eleições e voltou a dizer que a legislatura chegará ao final, até 2027.

Sánchez disse ainda que pretende voltar a ser candidato a primeiro-ministro quando houver eleições legislativas em Espanha.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro desde 2018, voltou a ser eleito para o cargo pelo parlamento espanhol em novembro de 2023, por uma geringonça de oito partidos.

Desde que foi reinvestido no cargo, pessoas próximas do primeiro-ministro, como a mulher ou o irmão, e antigos membros do Governo e da direção PSOE, foram envolvidos em processos judiciais por suspeitas de corrupção.

O líder do PSOE disse que com "respostas contundentes", como esta, faz a diferenciação entre "supostos casos e outros" que têm "efetivamente indícios que os corroboram".

Com Lusa

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