Coreia do Sul promete reforçar relações com Coreia do Norte
"Parece que [a Coreia do Norte] permanece sincera quanto ao conteúdo do acordo e aos seus esforços para a desnuclearização e instalação da paz", disse o ministro da Unificação sul-coreano.
A Coreia do Sul vai manter os esforços para melhorar as relações com a Coreia do Norte, apesar do cancelamento norte-americano da cimeira entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-un, disse na quinta-feira um responsável sul-coreano.
"O nosso governo vai cumprir os compromissos assumidos para aplicar o acordo firmado no final de Abril pelos dois dirigentes coreanos, Moon Jae-in, pelo sul, e Kim Jong-un, pelo norte, com vista à desnuclearização da península coreana", disse o ministro da Unificação sul-coreano, Cho Myoung-gyon, citado pela agência de notícias Yonhap.
"Parece que [a Coreia do Norte] permanece sincera quanto ao conteúdo do acordo e aos seus esforços para a desnuclearização e instalação da paz", comentou ainda o ministro.
As declarações foram realizadas horas após o desmantelamento da base de testes nucleares na Coreia do Norte.
"O desmantelamento do centro de testes nucleares é uma clara manifestação da aposta pacífica da Coreia do Norte para se juntar às aspirações e esforços internacionais (...) para contribuir positivamente para um mundo livre de armas atómicas", sublinhou o regime de norte-coreano através da agência de notícias estatal, a KCNA.
A Coreia do Norte detonou na quinta-feira pelo menos três das quatro redes de galerias subterrâneas do centro nuclear de Punggye-ri, na província de Hamgyong do Norte, no noroeste do país, perante cerca de 20 jornalistas de cinco países: Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Rússia e Reino Unido.
O desmantelamento da base aconteceu na sequência do acordo firmado entre as duas Coreias a 27 de Abril passado, no âmbito da "total desnuclearização da península" e coincidiu com o anúncio do cancelamento da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos feito pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Trump cancelou na quinta-feira a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prevista para 12 de Junho, em Singapura, invocando uma "raiva tremenda e hostilidade aberta" por parte da Coreia do Norte.
Contudo, o regime de Pyongyang indicou continuar aberto ao diálogo com os EUA, depois de o presidente norte-americano ter anulado a cimeira entre os dois países, decisão que o regime de Kim considerou "extremamente lamentável".
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