Colegas tinham denunciado bombista de Manchester
Colegas terão telefonado para uma linha anti-terrorismo para denunciar as opiniões extremistas e violentas do autor do atentado de Manchester
Um trabalhador comunitário muçulmano de Manchester contou à BBC que membros da comunidade telefonaram há anos para a linha anti-terrorismo da polícia britânica para denunciar as opiniões extremistas e violentas do autor do atentado na Manchester Arena.
O trabalhador comunitário, que pediu para não ser identificado, disse que duas pessoas que conheciam Salman Abedi da escola fizeram chamadas distintas para a polícia.
Essas pessoas ficaram preocupadas porque "ele estava a apoiar o terrorismo" e tinha manifestado a opinião de que "ser um bombista suicida era OK", relatou.
"A propaganda é toda que os muçulmanos não vêm a público [denunciar o terrorismo], mas isto mostra que vêm e manifestam os seus receios", disse.
O membro da comunidade adiantou que as chamadas terão sido feitas há cerca de cinco anos, quando Abedi saiu da escola que frequentava no sul de Manchester (noroeste de Inglaterra).
A BBC questionou a polícia acerca desta alegação, mas não obteve resposta.
A emissora britânica adianta por outro lado que Abedi esteve recentemente num encontro em Manchester onde, segundo participantes, defendeu o valor de morrer por uma causa e fez declarações extremistas sobre atentados suicidas e o conflito na Líbia.
Na segunda-feira, Salman Abedi, um britânico de origem líbia de 22 anos, accionou uma bomba junto à Manchester Arena, onde estava a terminar um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.
O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, fez 22 mortos, além do autor do atentado, e 64 feridos, 20 dos quais permaneciam em estado crítico.
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