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Cinco polícias mortos em motim num centro de detenção indonésio

10 de maio de 2018 às 08:28

Também um detido morreu e um agente foi feito refém durante um motim que envolveu um grupo extremista filiado no Estado Islâmico.

Cinco agentes policiais e um detido morreram e um agente foi feito refém, durante um motim num centro de detenção perto de Jacarta, na quarta-feira, que envolveu um grupo extremista filiado no Estado Islâmico (EI).

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Foto: Getty Images
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De acordo com o porta-voz da polícia indonésia, Muhammad Iqbal, as negociações para a libertação do refém estão em curso, sem que tenha sido posta de lado, caso as negociações fracassem e os detidos recusem render-se, uma "acção dura", mas que será sempre o "último recurso".

Muhammad Iqbal explicou que os tumultos no centro de detenção de Depok, na periferia sul de Jacarta, começaram devido a uma disputa de alimentos e que os detidos invadiram a sala de munições e conseguiram agarrar em armas de fogo, entrando em confronto com os agentes de contraterrorismo presentes no centro de detenção.

As autoridades do país declararam ainda que quatro polícias foram feridos e estão a receber cuidados médicos.

No último sábado, em Depok, na periferia sul de Jacarta, a polícia deteve três militantes do grupo extremista islâmico que, de acordo com as autoridades, planeavam atacar um quartel da polícia e outras esquadras na cidade. Os militantes foram postos no centro de detenção.

A Amaq, agência do EI que difunde habitualmente os comunicados da organização, declarou que os seus combatentes tiveram participação no motim.

Esta declaração foi confirmada por um porta-voz das autoridades indonésias. De acordo com a mesma fonte, os extremistas pertencem à rede islâmica Jemaah Anshorut Daulah, uma rede de extremistas activa no país, formada em 2015, que jurou fidelidade ao EI.

A rede Jemaah Anshorut Daulah, com mais de uma dúzia de grupos filiados, foi implicada em vários ataques na Indonésia no ano passado.

A Indonésia tem vindo a tentar reprimir os grupos extremistas islâmicos no país, desde o atentado em Bali, em 2012, que matou 202 pessoas, na maioria estrangeiros.

A rede tinha sido neutralizada após a detenção de centenas de militantes, mas com o aparecimento do EI mais radicais islâmicos juntaram-se ao Jemaah Anshorut Daulah.

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