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Chefe de gabinete de Trump convocado a testemunhar no impeachment

08 de novembro de 2019 às 09:50

Mick Mulvaney vai prestar declarações, esta sexta-feira, no Congresso dos Estados Unidos pois tem "conhecimento em primeira mão" das relações de Trump com a Ucrânia.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, depõe, esta sexta-feira, no Congresso dos Estados Unidos no âmbito do inquérito com vista a um processo de destituição do presidente Donald Trump.

Na missiva da convocatória, os representantes Democratas que lideram os três comités da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que estão a conduzir o inquérito referem acreditar que Mick Mulvaney tem "conhecimento em primeira mão" das relações de Trump com a Ucrânia.

"O inquérito revelou que poderá estar diretamente implicado na tentativa, orquestrada pelo Presidente Trump, pelo seu advogado pessoal Rudolph Giuliani e por outros" para pressionar Kiev para que investigasse o ex-vice-Presidente norte-americano e eventual candidato Democrata nas eleições presidenciais de 2020 Joe Biden, escreveram os líderes Democratas, que detêm a maioria na Câmara dos Representantes.

Segundo o documento, o testemunho de Mick Mulvaney, o mais alto funcionário da Casa Branca a receber uma convocação no âmbito deste inquérito, será realizado à porta fechada.

Em outubro, numa conferência de imprensa na Casa Branca transmitida na televisão, Mulvaney fez declarações que deram a entender que Trump teria retido ajuda militar à Ucrânia por motivos políticos.

Posteriormente, Mick Mulvaney negou que tinha feito tais declarações.

A Casa Branca já fez saber que não irá cooperar com o inquérito em curso, questionando a legitimidade constitucional e a imparcialidade do processo.

Como tal, é provável que o chefe de gabinete ignore esta convocatória para testemunhar no Congresso.

Trump e membros do Partido Republicano levantaram suspeitas de corrupção contra o filho de Joe Biden, Hunter Biden, que fez parte do conselho de administração de uma empresa ucraniana de gás (Burisma), entre 2014 e o corrente ano.

Joe Biden, ex-vice-Presidente dos Estados Unidos durante a administração de Barack Obama, encontra-se a disputar a corrida para a candidatura Democrata para as presidenciais de 2020 e é encarado como o favorito para a nomeação.

Num telefonema realizado em meados de julho, Trump terá pedido e incentivado o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a avançar com uma investigação a Hunter Biden.

A divulgação desta informação, através de um denunciante, e as suspeitas então levantadas em redor do líder norte-americano levaram a que a presidente da Câmara dos Representantes, a Democrata Nancy Pelosi, anunciasse, a 24 de setembro, que aquela câmara ia dar início a um inquérito parlamentar com vista a um processo de destituição de Trump.

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