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Casa Branca diz que Trump "há só um" perante comparações com Bolsonaro

29 de outubro de 2018 às 21:11

Novo presidente do Brasil foi apelidado de Trump brasileiro, devido à sua confessa admiração pelo homólogo dos EUA, o seu extenso historial de declarações de teor machista e racista e por acusar os media de darem "fake news".

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, reagiu esta segunda-feira com cepticismo às comparações entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o mandatário eleito no Brasil, Jair Bolsonaro, vencedor das eleições de domingo no país sul-americano. "Só há um Donald Trump, na minha opinião", afirmou Sanders durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.

Bolsonaro foi apelidado durante a campanha eleitoral de Donald Trump brasileiro, devido à sua confessa admiração pelo presidente norte-americano e o seu extenso historial de declarações de teor machista e racista, além do hábito de rebater as críticas, classificando-as de 'fake news' (notícias falsas).

Sanders também respondeu a uma pergunta sobre se a Casa Branca planeia exigir garantias ao novo governo de Bolsonaro de que respeitará os direitos humanos e as normas democráticas. "Promovemos os direitos humanos em todo o mundo. Valorizamos a nossa longa relação com o Brasil e veremos que o acontece a partir de agora", acrescentou a porta-voz.

Trump falou no domingo por telefone com Bolsonaro, pouco depois de se confirmar a vitória nas urnas, e hoje deu conta dessa conversa através da sua conta oficial no Twitter. "Tive uma boa conversa com o recém-eleito Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que ganhou as eleições por uma margem substancial. Acordámos que os EUA e o Brasil trabalhem estreitamente em matéria comercial, militar e tudo o resto", escreveu Trump. "Excelente chamada, expressei-lhes as minhas felicitações", acrescentou.

Por seu lado, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, disse em comunicado que os EUA e o Brasil "partilham uma colaboração vibrante baseada no compromisso mútuo de promover a segurança, a democracia, a prosperidade económica e os direitos humanos".

Bolsonaro, de 63 anos, e que foi vítima de um atentado durante a campanha eleitoral em que foi apunhalado numa acção pública, assumirá a Presidência brasileira a 1 de Janeiro, como sucessor de Michel Temer.

Candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38º presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos.

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