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Casa Branca avisa que está a ficar sem dinheiro para ajudar a Ucrânia

Débora Calheiros Lourenço 04 de dezembro de 2023 às 11:45

A administração Biden espera, desde outubro, que a Câmara dos Representantes aprove um pacote de ajuda de quase 100 milhões de euros.

A diretora de orçamento da Casa branca, Shalanda Young, alertou, numa carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, que os Estados Unidos estão a ficar sem tempo e dinheiro para ajudar a Ucrânia a lutar contra a invasão russa.

REUTERS/Evelyn Hockstein

Este alerta acontece menos de dois meses depois de a administração de Biden ter pedido ao Congresso cerca de 91 milhões de euros para aplicar um projeto de segurança ambicioso nas fronteiras da Ucrânia, Israel e dos Estados Unidos.

Os republicanos controlam a Câmara dos Representantes com uma pequena maioria e o apoio financeiro à Ucrânia tem-se tornado um assunto controverso com alguns legisladores a defenderem que não deve ser enviado mais dinheiro e por isso o pedido da Casa Branca ainda não foi aprovado.

Agora, Shalanda Young alerta que sem essa aprovação a Casa Branca vai ter de cortar o financiamento e o envio de armamento, o que aumenta a probabilidade de uma vitória russa. Na carta, afirma: "Quero ser clara: sem ação do Congresso até ao final do ano ficaremos sem recursos para adquirir mais armas e equipamento para a Ucrânia e para fornecer equipamento dosstocksmilitares dos Estados Unidos. Não existe um fundo mágico disponível para enfrentar este momento. Estamos sem dinheiro e quase sem tempo".

"Cortar o fluxo de armas e equipamentos dos Estados Unidos vai prejudicar a Ucrânia no campo de batalha, não só colocando em risco os ganhos que a Ucrânia obteve mas também aumentado a probabilidade de vitórias militares russas", continuou a diretora de orçamento da Casa Branca.

Shalanda Young referiu ainda que "os pacotes de assistência à segurança já se tornaram mais pequenos" e alertou que apesar "dos outros aliados se estarem a esforçar cada vez mais, o apoio dos Estados Unidos é fundamental e não pode ser replicado por outros".

Atualmente alguns legisladores do Senado estão a tentar desenvolver um acordo bipartidário onde seja previsto o envio de ajuda para Kiev ao mesmo tempo que se atualizam os procedimentos de imigração e asilo, com o objetivo de reduzir o número de pessoas que chegam ilegalmente aos Estados Unidos através da fronteira a sul, numa tentativa de ganhar mais apoio dos republicanos.

Ainda assim, e mesmo que o Senado consiga chegar a acordo, não é certo que este seja aprovado pela Câmara dos Representantes.

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