Canadá exige a Israel julgamento de autores de ataque mortífero ao WCK
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já admitiu que o exército israelita matou "sem querer" sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen.
O Canadá exigiu esta terça-feira uma "investigação completa" ao ataque israelita a um grupo de trabalhadores humanitários da World Central Kitchen (WCK), em que morreram sete pessoas, e para que os responsáveis pelas mortes sejam julgados.
Numa publicação na rede social X, a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Mélanie Joly, afirmou estar "chocada" com o ataque dos militares israelitas aos trabalhadores humanitários e confirmou que um dos sete mortos é canadiano.
"Condenamos estes ataques e apelamos a uma investigação completa. O Canadá espera que todos os responsáveis por estas mortes sejam julgados e comunicá-lo-emos diretamente a Israel", declarou.
A ministra canadiana afirmou que "os ataques contra o pessoal humanitário são totalmente inaceitáveis" e deu a entender que Israel poderá estar a violar as suas responsabilidades legais, e que "o direito humanitário internacional deve ser respeitado".
As declarações da ministra canadiana surgem depois de a Austrália ter afirmado que Israel deve ser responsabilizado pelo ataque a trabalhadores humanitários da WCK na Faixa de Gaza, que matou cidadãos palestinianos, britânicos, polacos e australianos, bem como um cidadão norte-americano e um canadiano com dupla nacionalidade.
Também hoje, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apelou a Israel para "uma investigação rápida, completa e imparcial".
Embora as tropas israelitas tenham matado dezenas de trabalhadores humanitários desde que invadiram a Faixa de Gaza em outubro, esta é a primeira vez que os mortos são estrangeiros.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já admitiu que o exército israelita matou "sem querer" sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen (WCK), na madrugada de hoje na Faixa de Gaza.
"Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza", disse Netanyahu.
O primeiro-ministro reiterou que o incidente será objeto de uma investigação exaustiva, afirmando que tais coisas "acontecem na guerra".
"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não volte a acontecer", acrescentou.
Mais de 32.800 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, morreram na sequência da invasão israelita, que começou depois de o Hamas ter atacado Israel a 07 de outubro, causando cerca de 1.200 mortos.
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