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Beirute. Procuradoria-Geral do Líbano ouve responsáveis pela segurança

10 de agosto de 2020 às 10:59

Desde o dia da explosão, vários países, políticos e cidadãos libaneses pedem uma investigação internacional sobre os acontecimentos que provocaram 158 mortos e mais de seis mil feridos.

O procurador-geral libanês, Ghassan al Khoury, ouviu hoje os responsáveis pelos sistemas de segurança do Estado no âmbito do processo sobre as explosões em Beirute que provocaram 158 mortos e mais de seis mil feridos.  

Segundo a agência estatal de notícias ANN, Al Khoury já recolheu os testemunhos do diretor geral do Serviço de Segurança do Estado, o general Tony Saliba, que foi ouvido no Palácio da Justiça de Beirute. 

Desde o dia da explosão, 04 de agosto, vários países, políticos e cidadãos libaneses pedem uma investigação internacional sobre os acontecimentos.

As 2.750 toneladas de nitrato de amónio que aparentemente provocaram a deflagração encontravam-se armazenadas no porto de Beirute há seis anos. 

Mesmo assim, o presidente libanês, Michel Aoun, considerou "o pedido de investigação internacional sobre o caso do porto uma perda de tempo" acrescentando que o "poder judicial do país deve ser rápido a descobrir quem são os culpados e quem são os inocentes". 

O presidente francês, Emmanuel Macron, visitou a capital libanesa dois dias depois da catástrofe e pediu às autoridades locais para iniciarem uma investigação independente.

As declarações sobre a investigação foram reiteradas no domingo durante a conferência internacional dos doadores de ajuda financeira ao Líbano e que foi estabelecida através da internet.

"Esta oferta de ajuda inclui igualmente o apoio para uma investigação imparcial, credível e independente sobre as causas da catástrofe. Trata-se de um pedido importante e legítimo do povo libanês. É uma questão de confiança. Os meios estão disponíveis e devem ser canalizados", afirmou Macron. 

Entretanto, o Exército libanês deu por concluída a primeira fase dos trabalhos de busca e resgate das vítimas na zona dos escombros. 

A explosão reavivou os protestos de outubro de 2019 contra a classe política libanesa e já levou à demissão, no domingo, de dois ministros do governo de Hassan Diab.

A crise política está instalada e vários deputados e responsáveis de setores públicos demitiram-se nos últimos dias marcados pelos protestos sobretudo em Beirute. 

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