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Afeganistão regista novo sismo de magnitude 5,6, o mais forte desde domingo

Lusa 04 de setembro de 2025 às 22:56

O impacto do novo sismo na região que faz fronteira com o Paquistão era ainda desconhecido, depois de nos últimos dias terem ocorrido diversos tremores.

Um novo sismo de magnitude 5,6 atingiu hoje à noite o leste do Afeganistão, o mais forte a atingir a região desde o passado domingo, quando um sismo de magnitude 6,0 fez mais de 2.205 mortos e 3.640 feridos.
Após o sismo no Afeganistão, casas destruídas e pessoas soterradas AP Photo/Nava Jamshidi
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o mais recente sismo ocorreu pelas 22:26 (18:56 em Lisboa) e o seu epicentro foi a 36 quilómetros a sudoeste da cidade de Asadabad, capital da província de Kunar, a mais atingida pelo sismo de domingo. O sismo teve uma profundidade de 10 quilómetros, noticiou a agência Efe. O impacto do novo sismo na região que faz fronteira com o Paquistão era ainda desconhecido, depois de nos últimos dias terem ocorrido diversos tremores. Os talibãs confirmaram 2.205 mortos e 3.640 feridos na sequência do sismo de domingo, o mais mortífero das últimas décadas neste país asiático, assolado por anos de crises humanitárias provocadas por guerras, catástrofes naturais e crises económicas e sociais. Quatro dias após o primeiro sismo, os esforços de resgate continuavam, embora as esperanças de encontrar pessoas vivas sob os escombros nas zonas mais afetadas pelo sismo estejam a diminuir. A prioridade das autoridades locais, das organizações não-governamentais (ONG) mobilizadas na área e das agências internacionais é agora facilitar a entrega de ajuda humanitária a Kunar e às restantes províncias afetadas pelos sismos. Uma tarefa que se torna mais complexa a cada novo sismo e com as condições das estradas de acesso à remota Kunar, uma vez que muitas delas se tornaram intransitáveis devido a sucessivos eventos sísmicos, noticiou a agência Efe. O abalo levou a capacidade operacional do regime talibã ao limite, e este enviou o seu principal recurso, os seus soldados, para a zona. Nos locais onde o Estado ainda não conseguiu chegar, a sociedade civil começou a organizar-se, com voluntários a caminhar durante horas para chegar ao ponto zero do sismo, substituindo o reduzido pessoal técnico e de emergência que fugiu do país em massa em 2021, quando os fundamentalistas retomaram o poder em Cabul. A Organização Mundial de Saúde (OMS), que alertou para o risco de epidemias, lançou um novo apelo por quatro milhões de dólares (cerca de 3,4 milhões de euros) para fazer face às "imensas necessidades" depois do terramoto, enquanto a ONU já libertou cinco milhões de dólares (4,3 milhões de euros).
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