"A mulher do presidente vai estar onde ela quiser." Lula defende Janja das críticas às suas viagens
Janja Lula da Silva tem feito várias viagens oficiais enquanto primeira-dama do Brasil. Na última, a Paris, a sua comitiva gastou mais de 2.800 euros por dia.
Muitas têm sido as críticas de membros do parlamento brasileiro com os gastos que o governo tem com as viagens oficiais da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Especialmente depois de se ter tornado púbico que na sua última viagem a Paris, a convite do presidente Emmanuel Macron, teve um custo de mais de 18 mil reais (cerca de 2.800 euros) por dia, sem contar com a deslocação de Janja.
A comitiva brasileira contava ainda com a presença de quatro assessores, que tiveram direito a viagem de avião e diárias, tendo em conta os seus vencimentos e outras vantagens do cargo. Todos os valores foram disponibilizados no Portal da Transparência do governo brasileiro.
Durante a viagem, que se realizou entre 26 e 30 de março, Janja participou numa cimeira da iniciativa N4G – Nutrition For Growth (Nutrição para o Crescimento), num almoço organizado pela primeira-dama francesa, Brigitte Macron, e na sessão "Juntos para alimentar o mundo: mobilização do setor privado para alimentação em escala mundial", com o presidente Emmanuel Macron.
Antes de chegar a Paris, Janja esteve a acompanhar Lula numa viagem ao Japão e foi direta para a Europa antes de seguir para o Brasil. Enquanto os voos para o Japão ficaram a cargo da Força Aérea Brasileira, para Paris utilizou voos comerciais.
Lula da Silva já veio defender a primeira-dama: "A minha mulher não é clandestina. Ela viajou a convite do companheiro Macron para discutir o combate à fome e à pobreza". O presidente brasileiro considera que as críticas não passam de "molecagem" e que as viagens são totalmente justificadas.
"Ela vai continuar fazendo o que ela gosta. A mulher do presidente Lula vai estar onde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar onde ela quiser", garantiu.
Em fevereiro a primeira-dama brasileira já tinha estado em Roma, numa comitiva de doze pessoas que não custou menos de 40 mil euros (260 mil reais). No entanto, esta é uma questão que tem gerado descontentamento há mais tempo. Em 2024 o deputado federal Gustavo Gayer alegou que a primeira-dama passou 103 dias a viajar nos primeiros dois anos do mandato, pedindo até ao Tribunal de Contas que investigasse os gastos.
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