O palco como um altar para a palavra, uma oração que seria um solilóquio tornada diálogo de partilha artística. EisUm Diário de Preces, encenação de Miguel Loureiro a partir do livro homónimo de Flannery O'Connor, que estreia na quinta, 22, no CCB. "Sou um leitor e admirador dos contos dela, dos romances, dos ensaios e até das críticas literárias que fez para jornais religiosos. Ela sempre foi católica assumida, autora do gótico sulista dos EUA, e eu também sou católico praticante, de conversão tardia. O imaginário dela não é nada piedoso, é bastante cruel até. Paradoxalmente, retrata uma enorme desumanização", explica o encenador.