Os Artistas Unidos abrem esta quinta-feira ao público o 'novo' Teatro Paulo Claro, em Lisboa, com a estreia da "comédia negra"
Jantar, da britânica Moira Buffini.
A estreia da peça, numa "espécie de celebração" do novo espaço, como afirmara Pedro Carraca aos jornalistas no final de um ensaio de imprensa, estava prevista para 9 de outubro, mas teve de ser adiada para esta quinta-feira devido a "problemas técnicos" surgidos no armazém vazio de mais de 800 metros quadrados que é, desde 26 de setembro, a "nova casa" dos Artistas Unidos, que estava sem espaço desde o despejo do Teatro da Politécnica.
Com a alteração da data de estreia, o espetáculo estará em cena até 15 de novembro, com récitas à terça e quarta-feira, às 19h30, à quinta e sexta-feira, às 21h00, e, ao sábado, às 16h00 e às 21h00.
Nos três primeiros dias, a peça tem entrada gratuita, mediante levantamento prévio dos ingressos, face à capacidade da sala que é de 50 lugares.
"Há um ano, começámos a aperceber-nos de que se calhar seria o primeiro texto para um possível novo espaço", disse Pedro Carraca, no final de um ensaio de imprensa da peça, no espaço que agora ocupa.
É uma estreia possível, por ser uma comédia, que a companhia "não fazia há algum tempo". Além disso, já que iam para um "novo início", seria bom mudarem "um bocadinho e festejar", sustentou o encenador.
"Bom, é uma comédia negra, claro, também não podia ser uma comédia que não tivesse alguns laivos fora do normal", acrescentou Pedro Carraca, sublinhando tratar-se do 200.º texto que a companhia fundada em 1995 por Jorge Silva Melo (1948-2022) leva à cena.
Por isso mesmo, acharam que pôr a peça em cena "devia ser uma espécie de celebração e uma coisa mais divertida e leve", apesar de Pedro Gil, que motivou os Artistas Unidos a montarem a peça, não poder fazer parte do elenco de momento.
A montagem da peça começou sem sequer os Artistas Unidos "conseguirem entender bem qual seria a data da estreia possível", já que o acordo de cedência do novo espaço, pela autarquia de Lisboa, foi celebrado no passado dia 26 de setembro.
"Jantar" é um texto "para quem gosta de trabalho de atores", pois permite-lhes desenvolver as suas personagens e ao mesmo tempo "brincar e gozar com isso", observou Pedro Carraca.
Uma forma de os Artistas Unidos estarem "um bocadinho mais leves, num momento que é leve, mas bastante pesado tendo em conta todos os trabalhos hercúleos" que têm pela frente para tornar um espaço de centenas de metros quadrados num teatro.
Com tradução de Ana Frazão,
Jantar tem no elenco Catarina Campos Costa, Gonçalo Carvalho, Inês Pereira, Pedro Caeiro, Raquel Montenegro, Tiago Matias e Vicente Wallenstein.
No cenário e figurinos está Rita Lopes Alves, na assistência de cenografia, Francisco Silva, na luz, Pedro Domingos e, no som, André Pires.
Na assistência de encenação estão Joana Calado e Nuno Gonçalo Rodrigues.