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Os melhores momentos dos Grammy: um beef, lágrimas e nudez

Um último Grammy para os Beatles, a hegemonia de Kendrick Lamar e as lágrimas de Billie Eilish destacaram-se numa noite dominada pelas mulheres.

Pedro Henrique Miranda 03 de fevereiro de 2025 às 15:17

A 67ª Cerimónia dos Grammys, decorrida na madrugada deste domingo dia 2, trouxe mais uma vez a aclamação, a surpresa, a controvérsia e o êxtase. Grandes performances, aparições inusitadas e emoções à flor da pele marcaram mais uma noite para recordar, mas que momentos se destacaram mais? Fique com um resumo dos momentos que vão ficar na memória.

As mulheres mandaram, mais uma vez

Seguindo uma tendência que se tem acentuado nos últimos anos, os Grammys falaram-se, mais uma vez, no feminino. Foram delas a esmagadora maioria das nomeações principais - 6 de 8 nas categorias de maior peso, Canção do Ano, Gravação do Ano e Álbum do ano - e a conquista de Álbum do Ano, para Beyoncé, por Cowboy Carter, bem como as mais impactantes performances ao vivo: Sabrina Carpenter alavancou a estética pin-up do seu disco, Short 'n Sweet, para uma performance memorável de Espresso e Please, Please, Please; Chappell Roan entrou em palco montada num triunfante pónei cor-de-rosa e Charli XCX, autora do disco eletrónico favorito de toda a gente em 2024, Brat, trouxe uma verdadeira rave para o palco, populando-o com figuras como Julia Fox, The Dare ou Niki Takesh.

DR

Kendrick Lamar levou tudo por Los Angeles

Not Like Us, o single que dominou o mundo em 2024, levou todos os cinco Grammys a que foi nomeado, incluindo os principais Gravação do Ano e Canção do Ano, além de Performance de Rap, Canção de Rap e Vídeoclipe - uma bofetada de luva branca ao rapper canadiano Drake, que é diretamente acusado de pedofilia na canção e moveu ações contra a sua editora, a Universal, por difamação. Nos discursos de aceitação dos prémios, Kendrick optou por não referenciar a disputa, agradecendo antes aos rappers da Costa Oeste americana, ao seu bairro de Compton e à cidade de Los Angeles, e dedicando o principal galardão às províncias devastadas pelos incêndios que ainda grassam na região.

https://youtu.be/_HtmXTNn2Rw?si=hclUUzRzMDN4Y7bg

Entre as desilusões, as lágrimas de Billie Eilish

De entre as nomeadas aos maiores prémios da noite, quase todas levaram algo para casa: Beyoncé levou Álbum do Ano por Cowboy Carter; Charli XCX, Doechii e Sabrina Carpenter venceram Melhor Álbum nos seus respetivos estilos, e Chappell Roan foi sagrada Melhor Nova Artista. Mas houve duas grandes desulisões: Taylor Swift, hegemónica em 2024 com a ubíqua digressão The Eras Tour, saiu de mãos vazias com o álbum The Tortured Poets Department, assim como Billie Eilish, que não conseguiu qualquer vitória com as canções de Hit Me Hard and Soft. A indignação dos fãs foi palpável nas redes sociais, com alguns a partilharem clipes de Billie a chorar durante a cerimónia.

https://youtu.be/Opxhh9Oh3rg?si=q3LQGU321Uxd610d

Um último Grammy para os Beatles

A categoria de Gravação do Ano tinha, este ano, uma nomeação conspícua: Now and Then, publicitada como "a última canção dos Beatles", que acabou por não ganhar nesta categoria, mas levou a estatueta de Melhor Performance de Rock. A canção teve uma produção atribulada, com origem numa gravação caseira de John Lennon de 1977 que foi alvo de uma tentativa de reaproveitamento nos anos 90 pelos outros três Beatles, mas acabou abandonada devido à fraca qualidade do áudio. Com a ajuda de inteligência artificial (a primeira canção vencedora de Grammy a ter esta intervenção), Paul McCartney e Ringo Starr completaram a canção em 2023, com áudio gravado por George Harrison em 1995.

Agora conhecido como Ye, o rapper tem um largo histórico de controvérsia em cerimónias de prémios, incluindo de fazer discursos memoráveisinterromper discursos de outros vencedores e criticar a instituição dos Grammys nas suas canções.

Desta feita nomeado para Melhor Canção Rap por Carnival, Ye surgiu acompanhado da mulher, Bianca Censori, que, na passadeira vermelha, removeu o casaco para revelar um vestido completamente transparente, posando para fotografias numa reprodução da capa do seu disco Vultures 1, com Ty Dolla Sign. Na sequência, Kanye e Bianca, que não voltou a vestir o casaco, foram escoltados para fora das premissas. 

DR

Uma noite de visuais bizarros

Não foi só Bianca a deixar uma impressão na passadeira vermelha. Entre os looks mais memoráveis, fica o de Chappell Roan, que, conhecida pelos seus vestidos e maquilhagem extravagantes, não desiludiu na sua noite de sagração de Melhor Nova Artista; e o de Jaden Smith, o cantor e ator de 26 anos que se tornou no mais comentado (e ridicularizado) da noite: ao fato preto convencional, acrescentou um chapéu em forma de castelo que lhe cobriu toda a cabeça à exceção da cara, destacando-o da multidão de celebridades e dando que falar nas redes sociais.

DR
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