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"Retornar-Traços de Memória" inaugura em Novembro em Lisboa

Exposição sobre o "retorno das ex-colónias portuguesas" arranca a 4 de Novembro com debates, teatro, exposições e performances

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28 de outubro de 2015 às 19:36

A iniciativaRetornar - Traços de Memória, que assinala 40 anos do movimento que ficou conhecido como "retorno das ex-colónias portuguesas", arranca a 4 de Novembro em vários locais de Lisboa, com debates, teatro, exposições e performances.

A empresa municipal de cultura de Lisboa EGEAC refere que a iniciativa, "com uma programação transdisciplinar que decorre ao longo de quatro meses, apresenta olhares da arte, literatura, antropologia, história e política para promover o diálogo e o conhecimento sobre o fim do império colonial português".

A exposição que dá nome à iniciativa, e estará patente na Galeria Av. da Índia, em Belém, "inclui testemunhos pessoais inéditos, documentos históricos, fotografias de época e de autor ememorabiliapessoal".

Junto ao Padrão dos Descobrimentos, estará patente "uma intervenção urbana com contentores que introduz o tema da exposição através da exibição de uma fotografia de Alfredo Cunha, tirada naquele preciso local, em 1975".

O Padrão dos Descobrimentos, "local simbólico da construção da memória imperial portuguesa", será palco de debates, "que reflectem diferentes olhares sobre este momento histórico, através de personalidades como Eduardo Lourenço, Adriano Moreira e Dulce Maria Cardoso, entre outros".

O arranque e encerramento da iniciativa serão assinalados "com uma performance de Joana Craveiro, actriz e encenadora com um vasto trabalho artístico sobre questões pós-coloniais, que apresentará no Padrão dos DescobrimentosUm museu vivo de memórias pequenas e esquecidas".

Fotografia de Bruno Simões Castanheira

Em Janeiro, o Teatro Municipal São Luiz irá receber o espectáculo Portugal Não é Um País Pequeno, de André Amálio, "que relata a experiência de antigos colonos portugueses a partir de testemunhos reais".

A 4 de Novembro estaráonlineum site "com informações sobre o programa expositivo, convidando à participação da sociedade civil na construção de uma memória crítica que se estende além do tempo de duração da exposição".

Além disso, será publicado um livro de ensaios,Retornar - Traços de Memória num Tempo Presente, organizado por Elsa Peralta e Joana Gonçalo.

Esta iniciativa, da responsabilidade da EGEAC e desenvolvida pelas Galerias Municipais de Lisboa, conta com o apoio da empresa Liscont, do Arquivo Histórico Ultramarino/DGLAB, do Instituto de Investigação Científica Tropical/Universidade de Lisboa, da Biblioteca Nacional de Portugal, do Arquivo Nacional Torre do Tombo e do Arquivo Municipal - Fotográfico.

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