O escritor João Pinto Coelho venceu o Prémio LeYa 2017 com o romanceOs loucos da rua Mazur, foi hoje anunciado.
Este é o maior prémio para uma obra inédita escrita em língua portuguesa, no valor monetário de 100 mil euros, e inclui a edição da obra pelo grupo editorial Leya.
Presidido por Manuel Alegre, o júri deste ano foi ainda constituído pelos escritores Nuno Júdice e Pepetela, pelo crítico José Castello, pelo professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, pelo reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo Lourenço do Rosário, e pela professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.
No ano passado, o júri deliberou por unanimidade não atribuir o prémio, dada a falta de qualidade das obras apresentadas, repetindo o que sucedera em 2010, a primeira vez em que não foi atribuído o galardão.
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967 e licenciou-se em Arquictetura em 1992. Vive em Lisboa, mas passou diversas temporadas nos Estados Unidos, onde trabalhou num teatro profissional perto de Nova Iorque
Em 2009 e 2011, integrou duas acções do Conselho da Europa que tiveram lugar em Auschwitz, na Polónia, e trabalhou investigadores sobre o Holocausto. Foi orador na conferência internacional "Portugal e o Holocausto", que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2012. O seu primieor romance, Perguntem a Sarah Gross, foi finalista do Prémio Leya em 2014.
Em 2015, o vencedor foiO Coro dos Defuntos, de António Tavares, sucedendo a Afonso Reis Cabral, vencedor da edição de 2014, comO Meu Irmão.
O primeiro vencedor do Prémio Leya, em 2008, foi Murilo Carvalho, com o romanceO Rasto do Jaguar, ao qual se seguiuO Olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho.
Em 2011, o júri distinguiu o romanceO Teu Rosto Será o Último, de João Ricardo Pedro, em 2012Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camarneiro e em 2013Uma Outra Voz, de Gabriela Ruivo Trindade, a primeira mulher a ser distinguida com este galardão.
De acordo com o regulamento, o Prémio LeYa visa "incentivar a produção de obras originais de escritores de Língua Portuguesa, e destina-se a galardoar uma obra inédita de ficção literária, na área do romance, que não tenha sido premiada em nenhum outro concurso".
O regulamento determina ainda que podem candidatar-se ao prémio "todas as pessoas singulares com plena capacidade jurídica, independentemente da sua nacionalidade".