Sábado – Pense por si

David Bruno, o romântico de snack-bar da música portuguesa

A solo, o produtor do Conjunto Corona declara-se apaixonado pela sua cidade, Vila Nova de Gaia - à qual dedicou agora um álbum, O Último Tango em Mafamude. Fomos visitá-la com ele e até bebemos um fino no Carpa

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Filipa Vaz Teixeira 19 de janeiro de 2018 às 10:31

Antropólogo da era digital, como alguns gostam de o chamar, dB é um observador atento, que apanha tudo o que se passa à sua volta - seja um som que ouve e guarda para mais tardesamplar, vídeos raríssimos com menos de três dígitos de visualizações no YouTube, tragédias da imprensa, trejeitos ou conversas dentro de umsnack-barmanhoso. Para quem se habituou ao trabalho do produtor gaiense no Conjunto Corona, nas colaborações com PZ ou mesmo a solo, nada disto é novo - mas o que nos acaba de chegar às mãos é uma declaração de amor que poucos esperavam - exageradamente dramática, sensual, libidinosa e trágica, como os romancesclichéque choramos no âmago do nosso ardente coração latino. Em 11 faixas, dB fala-nos de uma paixão não correspondida, em que a donzela é uma cidade - Gaia, pois claro - e o nosso herói um romântico sedutor português, de cordão de ouro ao peito. Eis o errante David Bruno e o seu O Último Tango em Mafamude, pretexto para nos encontrarmos com ele, às 15h de um sábado nublado, junto ao El Corte Inglés, esse edifício que "parece uma plástica malsucedida no rosto de Mafamude" e cujo único saborzinho de portugalidade que conheceu foi "durante a sua construção, com os reformados todos a juntarem-se, para comentar as obras".

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