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Crítica de cinema: Godard, O Temível

"A primeira encruzilhada provocou a tragédia godardiana, a segunda quase liquida este filme, que glosa com humor as assinaturas de Godard, mas termina aquém do fascínio da figura", escreve Pedro Marta Santos

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Crítica de cinema: Godard, O Temível
Pedro Marta Santos 30 de maio de 2018 às 14:00

Há duas encruzilhadas neste relato cáustico dos dois anos em que Jean-Luc Godard viveu com a actriz Anne Wiazemsky: as dúvidas verídicas de um cineasta genial entre 1960-1967, com obras-primas sucessivas e decidido a seguir, a partir deLa Chinoise, um caminho politizado, de inspiração maoista e desconstrução social e imagética (que daria origem a um período de enorme vazio artístico); e a indecisão do filme entre odivertissement, a zona de conforto de Hazanavicius (O Artista) e o melodrama sentimental de insuficiente espessura. A primeira encruzilhada provocou a tragédia godardiana, a segunda quase liquida este filme, que glosa com humor as assinaturas de Godard, mas termina aquém do fascínio da figura.

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