A mala igual à que a personagem Carrie Bradshaw usa na série "Sexo e a Cidade" ou a que a princesa Grace Kelly inspirou estão entre os modelos que podem ser vistos em Portugal. E não precisa de pagar para as ver.
As malas mais icónicas de todos os tempos, muitas delas estiveram nas mãos de celebridades e princesas, como Diana ou Grace Kelly, e muitas foram protagonistas em filmes e séries, como o modelo Baguette da marca Fendi, podem ser vistas agora numa exposição que chegou ao Centro Comercial Colombo, em Lisboa. "CARRY ME – 100 Anos de Malas" reúne exemplares icónicos destes objetos de luxo que atravessam um século de história da moda e da sociedade.
A exposição, desenvolvida em colaboração com um museu finlandês, foi lançada pela primeira vez em 2019 no Castelo de Milavida, na Finlândia. O objetivo é contar a história das malas femininas ao longo das décadas, refletindo não apenas as tendências de moda, mas também a evolução do papel das mulheres na sociedade.
Os visitantes podem ver de perto alguns dos modelos mais populares e icónicos do último século. Entre os exemplares, estão malas como a Kelly da Hermès, a Chanel 2.55 e a pequena Chiquito da Jacquemus. Estas malas, que em tempos foram meros acessórios práticos, tornaram-se símbolos de moda e estilo, muitas vezes elevadas ao estatuto de arte. A exposição não só percorre as mudanças estéticas, mas também explora como as malas refletem transformações sociais e culturais.
Por detrás de cada um destes acessórios, existe uma história singular, muitas vezes associada a celebridades, designers de moda ou momentos marcantes da cultura pop.
A notável bolsa Kelly da Hermès, por exemplo, foi originalmente desenhada em 1935 como uma mala postal para mulheres. No entanto, em 1956 este modelo atingiu a fama, graças à atriz e princesa de Mónaco, Grace Kelly, que a usou para esconder a sua gravidez dos paparazzi. O gesto simples de Grace Kelly capturou a atenção mundial, tornando a mala um símbolo de elegância. Posteriormente, a Hermès renomeou a mala em homenagem à atriz, tornando-a num dos itens mais desejados da marca até aos dias de hoje.
O preço deste modelo como outros da marca pode atingir valores exorbitantes, chegando a passar dos 15 mil euros.
Outro ícone exposto é a Chanel 2.55, lançada pela casa Chanel em fevereiro de 1955. Este modelo revolucionou o conceito de malas de ombro femininas, graças às suas correntes metálicas e ao fecho distinto, proporcionando liberdade de movimento às mulheres da época. A mala foi desenhada pela própria Coco Chanel, inspirada nos uniformes das freiras do convento onde cresceu, e tem sido reinventada em várias edições ao longo dos anos.
Chanel
No site da marca o modelo tradicional custa 10.300 euros e não está disponível para compra online.
Cada peça serve como uma cápsula do tempo, revelando as influências culturais e sociais de cada década. A icónica Fendi Baguette, dos anos 90, ganhou notoriedade quando apareceu nas mãos de Sarah Jessica Parker, na série O Sexo e a Cidade. A atriz tornou-se quase uma embaixadora do modelo, já que muitas vezes é vista a usá-lo tanto nos ecrãs como fora deles.
O modelo mais barato disponível no site tem o valor de 2.800 euros.
A mala Chiquito da marca Jacquemus é uma das peças mais comentadas dos últimos anos. Conhecida sobretudo pelo seu design surpreendentemente pequeno e minimalista. Lançada em 2019, a Le Chiquito rapidamente se tornou um fenómeno na indústria da moda e nas redes sociais, com muitas celebridades e influenciadoras exibindo o acessório.
A sua popularidade foi alimentada pelo facto de nomes como Kendall Jenner, Rihanna e Kim Kardashian terem sido vistas a usar a mala, elevando ainda mais o seu estatuto de it-bag. Apesar das críticas sobre a sua praticidade, a Chiquito continua a ser uma peça muito cobiçada da moda contemporânea.
O preços variam consoante o tamanho do modelo, a mais pequena é 550 euros e a maior 850 euros. Este é o modelo mais barato desta lista.
A exposição está patente desde 10 de setembro até 25 de outubro e a entrada é livre.