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Beyoncé. 'Cowboy Carter' fica fora dos nomeados aos prémios de música country

O disco, editado em março de 2024, foi aplaudido pela crítica, em particular pela mescla de estilos com base no country, mas não integra qualquer categoria.

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Edição de 16 a 22 de setembro
Beyoncé. 'Cowboy Carter' fica fora dos nomeados aos prémios de música country
Tiago Neto 11 de setembro de 2024 às 10:24
REUTERS/Mario Anzuoni

São, ao todo, 27 faixas de reconhecida elasticidade, alicerçadas no estilocountry– reconhecido pelo tipo de sonoridade e pelas letras que espelham histórias sobre a vida da classe operária americana – que valeram a Beyoncé a distinção de primeira mulher negra a atingir o primeiro lugar na tabela de Álbums Country daBillboard.

Cowboy Carter, assim batizado, representou uma guinada criativa para a artista texana que assim se posicionou num campeonato até então pouco explorado na sua estética, fazendo crescer a expetativa sobre possíveis prémios. Mesmo que tenha deixado claro, logo à partida, que se tratava de "um disco da Beyoncé" e  "não de um disco country".

A expetativa revelou-se infrutífera esta semana quando a Country Music Association, organizadora dos Country Music Awards (CMA), deixou de fora o trabalho da lista de nomeados para a 58.ª edição em todas as categorias.

O projeto, construído com participação de nomes como Dolly Parton, Willie Nelson, Stevie Wonder, Nile Rodgers, Paul McCartney e Pharrell Williams bateu vários recordes, entre eles o de maior estreia de sempre para um álbum de uma mulher negra, com mais de 76 milhões de plays no Spotify a nível global no seu primeiro dia.

Apesar dos números, a relação da artista com a entidade responsável pelo prémio nunca foi fácil. Em 2016, Beyoncé atuou na cerimónia dos 50 anos dos CMA em conjunto com a banda feminina The Chicks (à altura Dixie Chicks). Mais tarde, através das redes sociais, no avanço de Cowboy Carter, fez saber que o disco seria inspirado por uma "má experiência em que tive há uns anos em que não me senti bem-vinda... e ficou bem claro que não era".

Após o anúncio das nomeações, a organização tem vindo a ser alvo de críticas por parte de vários meios de comunicação norte-americanos, que acusam a Country Music Association de "racismo" e "conservadorismo" face a artistas negros.

Agendada para 20 de novembro, a cerimónia terá, na corrida a Melhor Álbum, Deeper Well (Kacey Musgraves), Fathers & Sons (Luke Combs), Higher (Chris Stapleton), Leather (Cody Johnson) e Whitsitt Chapel (Jelly Roll).

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