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Crítica de cinema: A Sombra da Verdade

"O filme desperdiça o potencial de denúncia dos esquemas da ONU, sem garra nas sequências mais tensas e apelando a uma frouxa história de amor", escreve Pedro Marta Santos na sua crítica

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Crítica de cinema: A Sombra da Verdade
Pedro Marta Santos 21 de agosto de 2018 às 11:23

Baseado na autobiografia de 2008 de Michael Soussan, dinamarquês que, aos 24 anos, se viu a trabalhar no maior plano de ajuda humanitária da história das Nações Unidas, o programa Petróleo por Alimentos (destinado a trocar a exportação do petróleo iraquiano após a primeira Guerra do Golfo por víveres e medicamentos para uma população civil fragilizada pelo embargo), transforma emthrillerpolítico aquele que se revelou o maior escândalo de sempre da ONU, com milhares de milhões em subornos a oficiais do organismo e a agentes governamentais do mundo inteiro (incluindo o filho de Kofi Annan). A base é um larguíssimoflashback, que parte do testemunho - real - do jovem diplomata aoWall Street Journal, assim expondo a gigantesca hipocrisia e falência moral da instituição. Focando-se na relação mentor-pupilo de Michael e Pasha (na verdade, o cipriota Benon Sevan, que continua exilado em Nicósia sem acordo de extradição), o filme desperdiça o potencial de denúncia dos esquemas da ONU, sem garra nas sequências mais tensas e apelando a uma frouxa história de amor.

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