Em outubro, a Orquestra Sinfónica Portuguesa leva ao Carnegie Hall um espetáculo que revisita Amália Rodrigues, com Cristina Branco, Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro e o maestro Jan Wierzba.
A estreia de duas novas produções de óperas de Puccini e a atuação da Orquestra Sinfónica Portuguesa no Carnegie Hall, em Nova Iorque, com o espetáculoAmália na América, marcam a nova temporada do Teatro Nacional de S. Carlos.
Segundo a programação dos meses de setembro a dezembro da Temporada 2025-26 anunciada esta quinta-feira, o concerto de abertura realizar-se-á no dia 20 de setembro, no Teatro Camões, em Lisboa, com a interpretação dacantata Carmina Burana.
A estreia das novas produções das óperasSuor AngelicaeGianni Schicchi, de Giacomo Puccini, pelo Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), está marcada para 2 de outubro, no Centro Cultural de Belém (CCB), que acolherá nova récita dois dias depois.
O elenco conta com Sílvia Sequeira (Suor Angelica) e José Fardilha (Gianni Schicchi), "que simbolizam a presença em palco várias gerações de cantores portugueses", como sublinha o texto de apresentação.
As duas óperas, que contam com a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), têm direção do "maestro pucciniano" Domenico Longo, conhecido do público português por produções anteriores deLa bohème,TurandoteMadama Butterfly. A encenação é de Carmine De Amicis.
Cerca de uma semana mais tarde, em 11 de outubro, a OSP estreia-se no Carnegie Hall, em Nova Iorque, sob direção do maestro Jan Wierzba, com o espetáculoAmália na América, uma homenagem à vida e obra de Amália Rodrigues, "além do fado", num programa que conta com os cantores Cristina Branco, Raquel Tavares e Ricardo Ribeiro.
O espetáculo, que teve estreia nacional há um ano, tem em Nova Iorque a estreia internacional. O programa reúne canções "que marcaram o percurso internacional de Amália", indo do cancioneiro popular português às melodias da Broadway que gravou nos Estados Unidos.
Este concerto assinala o termo das celebrações dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), numa iniciativa da Égide -- Associação Portuguesa das Artes.
Dentro de portas, e no âmbito da temporada "em andamento" do TNSC, enquanto as obras prosseguem no edifício-sede, em Lisboa, os concertos da OSP contam ainda com outros "momentos altos", a pensar num público mais alargado, como o Concerto de Halloween, com obras de Dvorák, Saint-Saëns, Verdi e Schnittke, e o de Natal, com Ponchielli como protagonista, ambos no grande auditório do CCB.
Em novembro, um programa de "Música para filmes" chegará ao Teatro Camões, enquanto no São Luiz - Teatro Municipal, também em Lisboa, será levado "um alinhamento com obras de Frederico de Freitas, Joly Braga Santos, José Vianna da Motta e Fernando Lopes-Graça", sob o lema "À procura de um som português".
No Teatro São Luiz prosseguirá ainda o ciclo "Jardim Aberto", composto por programas de música de câmara de entrada livre, ao final da tarde. Nos três concertos a realizar até dezembro, o TNSC promete aprofundar temas iniciados na temporada passada, com "a descoberta de obras relacionadas" com João Domingos Bomtempo, o mito de Fausto e mulheres compositoras.
O ciclo Consonâncias, que dá palco a instrumentistas e coralistas das formações residentes do TNSC, também prossegue na próxima temporada, sob a direção do maestro titular da OSP, Antonio Pirolli, que renovou funções até 2028.
A OSP "manterá igualmente a tradição de acompanhar ao vivo" o espetáculo de Natal da Companhia Nacional de Bailado no Teatro Camões, num total de 11 apresentações.
Nos últimos quatro meses do ano a programação do TNSC centrar-se-á na região de Lisboa, depois de a temporada passada ter privilegiado a circulação pelo país, aonde a equipa do teatro lírico português promete regressar "com novo fôlego" em 2026.
A exposiçãoRecordar 'Aida' em São Carlosmantém-se patente na Figueira da Foz, até 25 de outubro, Dia Mundial da Ópera.
Esta programação tem ainda a assinatura da Comissão Artística do TNSC, composta por João Paulo Santos, diretor de estudos musicais, Antonio Pirolli, maestro titular da OSP do São Carlos, e Giampaolo Vessella, maestro titular do Coro.
O maestro Pedro Amaral foi anunciado em maio como o escolhido para diretor artístico do TNSC, até 2028, no âmbito do concurso internacional aberto pelo teatro, com início de funções marcadas para dia 1 de setembro.
O edifício-sede do TNSC está encerrado ao público desde setembro de 2024 para "obras de conservação, restauro, requalificação e modernização" no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
A programação completa do início da temporada fica disponível no 'site' do TNSC.