Entrevista
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Kieran Setiya: “A felicidade é um objetivo egoísta. A autoajuda vende uma ilusão”

Kieran Setiya: “A felicidade é um objetivo egoísta. A autoajuda vende uma ilusão”
Vanda Marques 24 de fevereiro

Professor de Filosofia no MIT defende que a felicidade não deve ser um objetivo de vida, mas um efeito secundário. Diz que a sociedade tem de ser mais realista e que temos de sofrer para ter bem-estar.

Não há cura nem tratamento para a doença de Kieran Setiya. Sofre de dor crónica e começou a escrever o livro A Vida Não é Fácil como forma de compreender a sua própria vida. Pelo caminho descobriu que a esperança sobre a sua doença tem de ser mais realista – “deixei de esperar por uma cura, mas tenho esperança de viver uma vida suficientemente boa”. Nascido em Hull, no Reino Unido, conta até que teve uma crise de meia-idade aos 35 e que há oito anos a mãe descobriu que tinha Alzheimer avançado: “Estou de luto por alguém que está vivo.” Mas o que começou como uma série de desabafos transformou-se no livro do ano eleito pela The Economist e The New Yorker.
Defende que devemos ser realistas e que “não podemos medir o nosso caminho pelas dificuldades”. O filósofo, professor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), acredita que a busca pela felicidade cria uma sociedade sem empatia.

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