Quase a fazer 68 anos, e depois de escrever mais de 30 livros, percebe que a achem “uma tia”, mas rejeita rótulos. Casou virgem, foi expulsa de um colégio de freiras por causa de brincadeira no quadro à conta das salsichas Isidoro e recorda que a mãe era a pessoa mais politicamente incorreta que conheceu.
Rita Ferro: “A minha mãe dizia-me: porque é que não tomas um Valium e ficas indiferente?”
Só começou a escrever tarde, já tinha 35 anos quando lançou o primeiro romance, e já publicou mais de 30 títulos. “Trabalhei como uma moira; para quem me acha dondoca fica o recado”, diz Rita Ferro, no tom trocista que a caracteriza e que herdou da mãe e da avó materna. A viver numa quinta no Ribatejo há quatro anos, intencionalmente longe dos centros urbanos, publicou o último livro em outubro de 2022, chamado Brevíssimo Dicionário dos Snobs. “Tive uma vida muito desgastante e agora o que me apetecia era estar 10 anos sem fazer nada”, admite à SÁBADO. A três dias de fazer 68 anos, continua a trabalhar. “Para pagar os meus encargos e não chatear os meus filhos, o maior pesadelo da minha vida”, justifica. A entrevista prolongou-se por 2h30 e foi preciso interromper algumas vezes para retomar a conversa. Razão: a escritora é uma confessa distraída. “Mas o que é que eu estava a dizer?”
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