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Isabel dos Santos garante que participação da Sonangol no BCP "é para manter"

18 de outubro de 2017 às 22:31

Sobre o futuro do banco, aguarda a reunião da administração do Millennium BCP, para a qual foram nomeados novos membros

A Sonangol vai manter a posição accionista no banco português Millennium BCP, investimento que já produziu rendimento, afirmou hoje a presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, Isabel dos Santos, em Londres.

Questionada num evento promovido pela Thomson Reuters, sobre o potencial impacto da investigação judicial ao antigo vice-Presidente de Angola Manuel Vicente nas relações da Sonangol com Portugal, Isabel dos Santos garantiu que continua a usar os serviços de empresas portuguesas em Angola.

Quanto ao BCP, lembrou que a posição accionista aumentou em cerca de 1%, para 15,24% durante o aumento de capital realizado pelo banco, em Fevereiro deste ano. "Acabámos de reforçar essa participação e temos tido um papel activo na administração. Vemos a nossa relação nesse sentido a reforçar-se e a continuar", destacou.

A presidente da Sonangol considerou que o BCP "é um bom investimento. Os números falam por si: a Sonangol comprou as acções a um preço baixo e já tivemos rendimento do nosso investimento. Acho que vamos manter a nossa posição accionista".

Sobre o futuro do banco, aguarda a reunião da administração do Millennium BCP, para a qual foram nomeados novos membros, no âmbito da entrada do grupo chinês Fosun, que reforçou a sua participação para cerca de 25%.

"Ainda não discutimos na administração qual é a visão para o futuro. Houve a nomeação de novos administradores devido à mudança de estrutura accionista. Assim que estiver concluída, os accionistas vão decidir qual vai ser a sua política de investimentos, se será na Europa ou noutro sítio", adiantou.

O relatório e contas de 2016 da Sonangol indicou que o investimento da Sonangol no banco português começou em 2007, então com 180 milhões de acções (que no final de 2015 chegaram a cerca de 10,53 mil milhões), inicialmente no valor de 525,6 milhões euros.

Dez anos depois, o saldo desse investimento representa um "justo valor", nas contas de 2016, de 150,4 milhões de euros, contra o saldo inicial de 516,1 milhões de euros nas contas do final de 2015, representando uma perda potencial de 365,7 milhões de euros, refere a petrolífera angolana.

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