Ex-administrador da CGD "lamenta ter estado" no financiamento de ações
Francisco Bandeira, também antigo presidente do BPN, admitiu que "gostava de não ter estado" na aprovação de operações que serviram para financiar a compra de ações.
O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Francisco Bandeira admitiu hoje no parlamento que lamenta "ter estado" na aprovação de operações que serviram para financiar a compra de ações.
"Lamento ter estado lá. Ter estado no local. Mas não tenho a visão especulativa do senhor deputado", respondeu Francisco Bandeira ao deputado do PCP Paulo Sá, durante a sua audição na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD, que decorreu hoje na Assembleia da República, em Lisboa.
O parlamentar comunista tinha perguntado ao administrador do banco público entre 2005 e 2011 se "como gestor público" se arrependia "de ter colocado o banco ao serviço da especulação".
Francisco Bandeira citou posteriormente o economista Eugénio Rosa, antigo deputado do PCP, que, segundo Bandeira, escreveu em 2016 que "apesar da má gestão que tem dominado a banca, a Caixa Geral de Depósitos é um dos bancos que tem tido menor destruição de valor".
"Para isto valeu a pena, mas como o senhor põe [a questão], gostava de não ter estado lá", reforçou o também ex-presidente do BPN.
O ex-administrador da CGD disse ainda que "não foi uma estratégia" do banco a concessão de crédito para compra de ações, mas sim uma sugestão dos clientes interessados em tais operações.
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