Secções
Entrar

Economia portuguesa estagna face ao trimestre anterior

13 de novembro de 2015 às 10:26

Comparando com o 3.º trimestre de 2014, regista-se um crescimento de 1,4%

A economia portuguesa apresentou uma variação nula no terceiro trimestre de 2015 face ao trimestre anterior e cresceu 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2014, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais no terceiro trimestre, publicada hoje pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um aumento de 1,4% em termos homólogos, uma variação homóloga inferior à de 1,6% registada no segundo trimestre.

Já comparativamente com o segundo trimestre, o PIB registou uma taxa de variação nula (0,0%) em termos reais, quando no segundo trimestre observou um aumento em cadeia, ou seja, face ao primeiro trimestre, de 0,5%.

O INE explica que o contributo positivo da procura interna diminuiu no terceiro trimestre, "reflectindo a desaceleração do investimento e, em menor grau, do consumo privado", e que a procura externa líquida registou um "contributo negativo para a variação homóloga do PIB, porém de magnitude inferior à observada no segundo trimestre".

Comparando com o trimestre anterior, o INE refere que "o contributo da procura interna foi negativo devido principalmente à redução do investimento, enquanto a procura externa líquida contribuiu positivamente, tendo as importações de bens e serviços diminuído de forma mais intensa que as exportações de bens e serviços".

O comportamento do PIB no terceiro trimestre ficou aquém do esperado, uma vez que as estimativas de departamentos de estudos económicos recolhidas pela agência Lusa apontavam para um crescimento económico homólogo a rondar os 1,8% e em cadeia perto de 0,4%.

Entre as previsões recolhidas pela Lusa, a menos optimista era a do Grupo de Análise Económica do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que antecipava um crescimento económico entre 0,2% e 0,3% em cadeia e de 1,6% em termos homólogos, enquanto a mais optimista era a do Núcleo de Estudos sobre a Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica, que estimava que o PIB avançasse 0,5% em cadeia e 1,9% em termos homólogos.

Também os departamentos de estudos económicos do BBVA, do Montepio e do BPI estimavam um crescimento económico em cadeia entre os 0,4% e os 0,5% e uma melhoria homóloga em torno dos 1,8%.

O Governo liderado por Pedro Passos Coelho estima que a economia portuguesa tenha crescido 1,6% no conjunto deste ano, uma previsão em linha com a do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas mais conservadora do que a da Comissão Europeia e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que estimam que a economia cresça 1,7% este ano.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela