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Covid-19: KuantoKusta dispara crescimento e quer quintuplicar faturação até 2025

13 de maio de 2020 às 15:21

"Temos vários projetos em carteira que envolvem o setor do retalho, comparação de serviços e a contratação de 50 colaboradores para esse fim", adianta presidente.

O comparador 'online' de preços KuantoKusta, que no sábado assinala 15 anos, registou mais 130% de visitas em março e abril devido à pandemia e quer quintuplicar a faturação até 2025, para 25 milhões de euros, foi hoje anunciado.

"Temos vários projetos em carteira que envolvem o setor do retalho, comparação de serviços e a contratação de 50 colaboradores para esse fim, sendo que 20 serão contratados até final deste ano", adianta o presidente do KuantoKusta (KK), Paulo Pimenta, citado num comunicado.

Em março e abril o portal diz ter registado um crescimento homólogo "sem precedentes", de 130%, nas visitas, atribuído ao aumento do 'e-commerce' na sequência do confinamento imposto pela pandemia de covid-19, tendo atingido só em abril um total de 6,5 milhões de visitas, o que fez deste "o melhor mês da história da empresa".

Para 2020 o KuantoKusta está, por isso, a rever em alta as suas metas de crescimento, propondo-se agora acabar o ano com 70 colaboradores, um total de 65 milhões de visitas e cinco milhões de euros de faturação, contra as 55 milhões de visitas e os 4,3 milhões de faturação inicialmente previstos.

Antes da pandemia, o KK tinha já investido 250 mil em novas instalações e tinha em curso uma aposta forte na sua aplicação ('app') e no reforço de categorias mais ligadas a compras recorrentes.

A empresa, que começou a atividade com 10 lojas em 2005, integra atualmente 800 lojas na sua plataforma, o que permite a comparação de preços de mais de dois milhões de produtos.

"Em 15 anos, para lá do comparador, lançamos uma 'app', o 'marketplace' [plataforma 'online' de vendas], o projeto KK supermercados e mantemo-nos há três anos consecutivos como a escolha do consumidor na comparação de preços", destaca Paulo Pimenta.

Nos próximos meses, a empresa diz pretender "continuar a reforçar a colaboração com as transportadoras nacionais para melhorar as entregas do seu 'marketplace', com o intuito de entregar mais depressa, no momento escolhido pelo consumidor -- incluindo sábados -- e com um seguimento em tempo real, e tornar as devoluções mais cómodas, outro grande desafio".

O KK foi fundado em 2005 pelos irmãos Pimenta, emigrantes em França que regressaram a Portugal com a intenção de abrir uma loja de informática. Enquanto analisavam os preços praticados no país, depararam-se com a inexistência de um 'site' que agregasse preços e permitisse a sua comparação, tendo decido então criar o primeiro comparador de preços de Portugal.

Em 2013, o KuantoKusta desenvolveu uma aplicação dedicada à comparação de preços através de 'tablet' e 'smartphone', dispondo hoje na sua base de dados de milhares de produtos, que podem ser pesquisados por categoria, marca, referência ou código de barras.

Através desta opção o utilizador pode alinhar o código de barras de um produto com um retângulo que surge no ecrã e fornecer, por essa via, a informação necessária para desencadear a pesquisa.

Em 2014, com a mudança do algoritmo da Google, o KuantoKusta reformulou o seu 'site', tornando-se em 'responsive design', e em 2016 desenvolveu um comparador de preços totalmente dedicado a supermercados cujo objetivo é integrar num único 'site' informações detalhadas sobre os preços praticados nos supermercados em Portugal e partilhar promoções diárias.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.175 pessoas das 28.132 confirmadas como infetadas, e há 3.182 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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