Claudia Goldin é Nobel da Economia de 2023
Claudia Goldin é distinguida pelas suas descobertas no campo das diferenças de género no mercado de trabalho.
O Prémio Nobel da Economia foi entregue a Claudia Goldin, uma economista norte-americana de 77 anos, da Universidade de Harvard. Desde 1969 já foram entregues 54 distinções às mais importantes personalidades para as ciências económicas.
Claudia Goldin é distinguida pelas suas descobertas no campo da disparidade de género no mercado de trabalho. A historiadora económica conseguiu apresentar o primeiro relatório abrangente sobre os rendimentos das mulheres e a sua participação no mercado de trabalho. Assim sendo, a sua investigação foi capaz de revelar as causas da mudança e os principais motivos para as disparidades de género.
Segundo a economista, que vasculhou vários arquivos e recolheu dados dos Estados Unidos com mais de 200 anos, a maior diferença de rendimentos ocorre neste momento entre mulheres e mulheres. Historicamente a diferença salarial entre homens e mulheres poderia ser explicada por diferenças na educação e nas escolhas profissionais. No entanto, Goldin sugeriu que a disparidade ocorre em grande parte com o nascimento do primeiro filho.
"Compreender o papel da mulher no trabalho é importante para a sociedade. Graças à investigação inovadora de Claudia Goldin, sabemos agora muito mais sobre os fatores subjacentes e quais as barreiras que poderão ter de ser abordadas no futuro", afirma Jakob Svensson, Presidente do Comité do Prémio em Ciências Económicas.
Dos 54 anos em que o prémio foi atribuído apenas em nove o galardoado não era originário dos Estados Unidos ou se tinha naturalizado como norte-americano. Este ano, a vencedora do Nobel é a terceira mulher a ser galardoada dos 93 laureados em economia.
Este é o único prémio que é gerido pela fundação sueca que não foi deixado por Alfred Nobal no seu testamento, onde detalhou a atribuição dos outros cinco prémios (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz), que foram entregues na semana passada.
A ideia de destacar alguém também na área das Ciências Económicas surgiu apenas em 1968 através de uma iniciativa do Banco Central da Suécia. A Fundação Nobel ficou encarregue pela administração deste prémio e mais tarde equiparou-o aos restantes.
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