Centeno em braço-de-ferro com PSD
O ministro das Finanças contrapôs os números apresentados pela oposição laranja. Em causa está o aumento de 3,6% com as despesas de funcionários, no início de 2017
Mário Centeno, ministro das Finanças, revelou-se assertivo perante as questões colocadas pela deputada do PSD, Carla Barros. Na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, que decorreu esta quarta-feira (dia 5), o tutelar da pasta rejeitou que as despesas com pessoal tenham aumentado até Fevereiro, comparativamente ao período homólogo do ano anterior.
A parlamentar laranja frisou a nota Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), entregue esta terça-feira (dia 4) aos deputados, que apontava para um acréscimo de 3,6% com as despesas de funcionários. "As despesas com pessoal até Fevereiro de 2017 evidenciaram um grau de execução superior ao verificado no mesmo período do ano anterior. Em 2017, as despesas com pessoal reflectem a ausência de reduções remuneratórias no sector público durante todo o ano", lê-se no balanço da UTAO, divulgado pela agência Lusa. A mesma nota salientou que o sector onde se verificaram mais gastos face ao ano anterior foi no ensino básico e administração escolar (16,5%).
Confrontado com estes dados, Mário Centeno começou por dizer que não interpretava indicadores que desconhecia. "Não comento os exercícios da UTAO que não conheço." A seguir, contrapôs com outros números. "Na síntese da DGO [Direcção-Geral do Orçamento] de Fevereiro, a despesa com pessoal no sector do Estado cai 5,5%. E até Março, segundo números não divulgados, continua a cair muito significativamente."
Mário Centeno anunciou que o seu ministério – em parceria com a Inspecção-Geral das Finanças, a Direcção-Geral da Administração e o Emprego Públicos e a Entidade de Serviços partilhados da Administração Pública – vão recolher informação no decurso deste mês para avaliarem os funcionários públicos que podem progredir na carreira em 2018.
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