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CateringPor e handling excluídos da privatização da TAP

Negócios 19 de dezembro de 2025 às 12:14

O Governo optou por retirar as participações nas empresas de catering e de handling, uma maioritária e outra minoritária, do processo de privatização. Alteração surge no âmbito do plano de reestruturação, que termina a 31 de dezembro.

O Governo voltou atrás e vai apenas privatizar três dos cinco ativos pertencentes à TAP SA. O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, elencou que a venda de 49,9% da companhia portuguesa apenas inclui a TAP Air Portugal - a própria companhia aérea -, a Portugália e a Unidade de Cuidados de Saúde (UCS)
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De fora, e contrariando as suas declarações no lançamento do processo de privatização, o governante admite agora a exclusão das empresas de catering e de handling, a CateringPor e a Serviços Portugueses de Handling. "Há uma atualização de perímetro, é importante sinalizar isto", alertou Miguel Pinto Luz, em conferência de imprensa, durante uma visita às instalações da CP onde fez balanço das obras nas infraestruturas. Aquando do lançamento do processo de privatização, que aconteceu a 10 de julho, o ministro das Infraestruturas admitiu que a venda de 49,9% da TAP SA incluía todas as suas participadas, divididas entre a companhia aérea, a Portugália (também conhecida como TAP Express), UCS, CateringPor e Sociedade Portuguesa de Handling.  A empresa detém 51% da CateringPor e 49,9% da Sociedade Portuguesa de Handling, hoje inserida na Menzies Aviation Portugal, e que tem atualmente o contrato da assistência em terra nos aeroportos portugueses por mais seis meses. Agora, o processo "contempla a TAP Air Portugal, a Portugália e a UCS. Os ativos imobiliários adjacentes ao Aeroporto Humberto Delgado, o [chamado] reduto TAP, houve decisão de remover do processo de privatização. Portanto, será algo a ser tratado à parte e está em fase final de análise e vamos excluir também as participações no handling e no catering, em linha com o plano de reestruturação da TAP, que como sabem estamos a concluí-lo". "Vamos alienar autonomamente estas participações e o resultado reverterá para o Estado português. Que fique claro: a alienação destas participações reverterá para o Estado português", sublinhou. Aquilo que o ministro apelidou de reduto TAP nem sempre esteve em linha para ser privatizado. No verão, e quando a venda teve "luz verde" para voar, Pinto Luz admitia a "possível exclusão dos ativos imobiliários adjacentes ao Aeroporto Humberto Delgado", uma vez que poderia ser incluído no projeto Parque Cidades do Tejo. Ainda que sem planos para o que fazer com este reduto, caso se avance para venda, o valor da mesma também será destinado para os cofres públicos, esclareceu. O governante admite, contudo, que não existem negociações com interessados na compra para estes dois ativos, além de que o prazo dado pela Comissão Europeia, quando ficou definido o plano de reestruturação, não será cumprido. "Negociações com interessados não está. Não iremos cumprir esse prazo, naturalmente, e tudo faremos para fazer essas alienações".
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