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Banco Sabadell quer manter-se no mercado espanhol após rutura com o BBVA

27 de novembro de 2020 às 08:46

O conselho de administração do Sabadell decidiu, por unanimidade, dar por finalizada a negociação com o BBVA por não ter sido alcançado um entendimento sobre a troca de ações de ambas as entidades no âmbito da fusão.

O banco espanhol Sabadell pretende manter-se sem parceiros após a rutura das negociações com o BBVA sobre uma possível fusão, admitindo desenvolver um plano de negócio priorizando o mercado doméstico.

Deste modo é possível igualmente que se venha a verificar o fim da aliança com o TSB, a filial britânica do Banco Sabadell. 

O conselho de administração do Sabadell decidiu, por unanimidade, dar por finalizada a negociação com o BBVA por não ter sido alcançado um entendimento sobre a troca de ações de ambas as entidades no âmbito da fusão.

Josep Oliu anunciou que durante o primeiro trimestre de 2021 vai ser apresentado um novo plano de negócio, centralizado no mercado doméstico.

De acordo com um comunicado do banco, o novo plano prevê "incrementar a eficiência no uso de capital e recursos do grupo, assim como a rentabilidade e a criação de valor para os acionistas".

O Sabadell refere que o plano vai contemplar também, entre outras medidas, a ampliação do programa de eficiência e transformação no mercado retalhista espanhol, assim como vai analisar com os assessores "alternativas estratégicas de criação de valor em relação aos ativos internacionais do grupo, incluindo o TSB".

Trata-se da primeira vez que o Banco Sabadell reconhece publicamente que considera seriamente vender a filial TSB, cuja licença comprou ao Lloyds em 2015 por 2.340 milhões de euros.

O banco com sede na Catalunha negoceia atualmente com os sindicatos um plano de "ajustamento" para redução de 1.800 trabalhadores do quadro de pessoal através de processos de pré-reforma e de mútuo acordo.   

Paralelamente à redução dos trabalhadores em Espanha, a filial britânica (TSB) anunciou que pretende encerrar 164 sucursais no Reino Unido em 2021 para "ganhar rentabilidade" mas afetando 900 empregos.

A fusão BBVA-Sabadell gerou um grupo financeiro com mais de 950.000 milhões de euros em ativos assemelhando-se em dimensão à união, em Espanha, entre o CaixaBank e o Bankia.

As conversações sobre a fusão foram noticiadas no passado dia 16 de novembro sendo que nos últimos dias o acordo esteve dado como seguro.

Na altura, as duas entidades tinham decidido chegar a bom porto nas negociações sobre a fusão acordando que a futura presidência do grupo ficaria nas mãos de Carlos Torres, que ocupa o posto no BBVA e a vice-presidência não executiva seria para Josep Oliu, o presidente do Sabadell.

 

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